Cravos,  Rosas e suas Histórias
 
Cantavam nossas avós e mães: “O cravo brigou com a rosa debaixo de uma sacada. O cravo saiu ferido e a rosa...”   dormíamos assim o sono de nossa infância.
 
Muito mais que uma cantiga de ninar é também uma metáfora e alegoria como tantos elementos culturais de qualquer povo.
 
O cravo serve para representar os interesses da chamada elite – aqueles que sempre tiraram proveito de um sistema montado para eles e que exploram o trabalho dos menos favorecidos. Guardados anos luzes de distância historicamente me faz lembrar A Revolução dos Cravos e a rosa traz reminiscência da Rosa de Luxemburgo.
 
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Peço espaço para admoestar o cronista que deve ter surtado!
Cronista deixe de delirar!
Esta nação de atavismo supersticioso e religioso, alfabetizados funcionalmente, filhos de Augusto Comte desconhece a própria História e certamente não conhece noções de espaços e tempos de outros povos. Eles querem é doutrinamento de O.S.P.B. e Educação Moral e Cívica*¹! Pensar para eles é sentir dor e História e qualquer Ciência Humana é maluquice de subversivo. Querem é “Escola Sem Partido”.
Vá direto ao ponto!

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A Esquerda é  Burra e a Direita oportunista!
Por que a Esquerda é burra e a Direita agradecida pela burrice alheia? Porque o fim da Guerra Fria levou consigo os seus conceitos tais como: esquerda, direita, “Comunismo e Capitalismo” no sentido político. E inaugurou o pós-moderno  trazendo consigo o conceito de Globalização e interligação econômica. As fronteiras políticas, no sentido mais amplo, ruíram.
 
A “esquerda”, os oprimidos economicamente da sociedade, para não dizer explorados, é burra! Pois ao invés de se unir além de suas diretrizes se divide “à foices e marteladas” em diversas partículas em vez de se unirem – não conseguem superar a sua ortodoxia. E a “direita” se aproveita disto para vencerem politicamente e imporem seus interesses – a exploração da alienação que implantam.

Veja o caso de Barbacena nas eleições municipais. Enquanto os herdeiros da direita oligárquica, monarquista bonifacista e biista, e ditatorial trocaram e desfizeram-se de tudo aquilo que os ligavam ao passado e se revestiram de modernidade, a esquerda se esfacelou e se apegou aos símbolos, jargões e clichês do tempo caduco. Era hora de se unirem em volta daquela partícula que tinha mais força e condições de virarem a mesa política. Por isto o representante político da classe trabalhadora explorada e oprimida perdeu por uma diferença mínima.
 
Culpa das famílias que dominam o cenário político do município?

Não! Eles sabem jogar e aproveitar as oportunidades. A culpa é da vaidade, apego à ideologia obsoleta, símbolos ultrapassados da chamada “esquerda” que puxa uma carroça de passadismo da Guerra Fria em que o mundo era ou “capitalista” ou “socialista”, a economia se fazia pela industrialização armamentista ou era agropecuária. O mundo hoje é da prestação de serviço e da informatização!
 
A elite que domina sorridente agradece a burrice da “esquerda” que permanece com seus velhos que inspiram “coitadismos”  e se valem da vitimização.
 
O cravo saiu viçoso e a rosa perdeu seu perfume nas esquinas de Barbacena onde a Tarasca venceu mais uma vez e se fortaleceu*²
 
Os partidos a que se chamam de esquerda teriam sido mais sábios se tivessem se unido para apoiar ao que quase venceu. Preferiu todos perderem a abrir mão de seus devaneios anacrônicos. E quem mais perdeu, mais uma vez, foi o trabalhador.
 
A elite barbacenense agradece suas burrices atrasando o pagamento do funcionalismo e aumentando impostos dos cidadãos.
 
Velhacos do capitalismo e velharias do socialismo.
 
Leonardo Lisbôa,
Barbacena, 08/10/2016.



*¹ organização Social e Política Brasileira ao lado de Educação Moral e Cívica imposta pela Ditadura Militar para suprimir do currículo escolar  História, Geografia, Filosofia e Sociologia visando um ensino sem questionamentos e docilidade de novas gerações.
*²Para lembrar  o que é a Tarasca em Barbacena e Minas Gerais você lê aqui:
http://www.barbacenaonline.com.br/noticia/cronica/o-monstro-tarasca-ainda-viveria-em-barbacena1   ou  http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/5763645
 
 
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Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 22/10/2016
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