A INDIGNAÇÃO E A CORAGEM.

“A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las.”Santo Agostinho.

É a beleza da esperança que faz o justo fazer justiça ignorando os restos de uma caravana de corruptos e seguidores que injuriam. Para varrer a malta que deixa peste e sofrimento qualquer esforço deve ser feito.

Mesmo a indignação de ouvir blasfêmias de uma corrupção endêmica encontrada e confessada, de confissões somadas e multiplicadas, não admitida pelos que não sabem ler, cede à beleza da esperança que avança e se sobrepõe a qualquer resistência. Ela vai marcando de luz o que é justo, pontuando a coragem que não aceita as coisas como estão - estão deixando de ser - como pontificava Santo Agostinho.

A esperança não quer sombras como o sol, para rebrilhar. Não há como fazer o jogo do corrupto que aponta o dedo para seus pares que se escondem, ou ouvir seguidores entoando um canto repetitivo e enfadonho de querer a cela como gênero, e quando ela chega, pleiteada em espécie, tipificada pela conduta, sem mais o que dizer fazem a antropafagia das próprias vísceras fétidas.

A mudança chegou, com ou sem falas messiânicas, que tanto incomodaram na história os corruptos - “dar a cada um o que lhe é devido” - mas com justiça, e continua incomodando mesmo àqueles que se comparam ao Cristo, e não superaram nem a alfabetização regular.

Não tem retrocesso, a mudança acontece, será realizada, ainda que aos poucos, plenamente, como nos procedimentos processuais, “cada termo na sua hora”, cada réu chamado a se defender do libelo acusatório na jurisdição competente, normatizada pelas leis infraconstitucionais, não pelo gosto dos que nada conhecem desses meandros.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/10/2016
Reeditado em 25/10/2016
Código do texto: T5799088
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