Cena Urbana
Hoje levantei com tonturas, mas vim trabalhar. Não gosto de fazer corpo mole.
Ana me observa do outro da rua. Cumprimenta-me com um sorriso. Talvez o seu olhar alivie minha inquietude interior.
Estou sentado, como que meditando, tentando sentir-me no corpo físico.
-Oi! Você pode me emprestar uma extensão?
Ana está ao meu lado. Estende as mãos para saudar-me, sorrindo. Estendo minhas mãos. Sua pele não é tão macia... Sinto uma energia de muita paz. Vejo que seu rosto fica um tanto quanto corado quando ela toca minhas mãos.
-Que a paz de Jesus esteja com você, diz ela.
-Obrigado, é o que consigo dizer.
Noto certa intranquilidade em seu olhar.