ESPALHANDO PALAVRAS
*Cris Souza
“No jogo da vida ou você está verde e crescendo ou, já está maduro e apodrecendo.”. (Desconheço o autor)
Estou tendo o cuidado de, a todo instante, submeter as minhas atitudes aos filtros das convenções do bem, Não quero que as ações que pratico possam influir, negativamente, no outro com quem me relaciono. Creio que isto se chama amadurecimento pessoal. A cada aniversário, sinto-me mais forte, mais segura e, mais integrada. Descubro a cada passo que a mudança está em mim e, não no outro ou no ambiente. É, estou amadurecendo! Contudo, não quero, como o dístico à epigrafe, “...apodrecer e cair.”. Quero, na verdade me reinventar a cada momento, busco mesmo é ser melhor, mais integra, mais eu, a cada dia.
É claro que em alguns momentos, percebo-me impotente, vejo-me pequena, diante de tantas e tantas situações que parecem intransponíveis. Na verdade, sinto que sou, ainda, aquela menininha tímida e assustada... Mas, aí penso, reposiciono as velas do meu barco e sigo em frente, enfrentando os desafios, sem esbarrar neles, por maior que sejam. Afinal, “ninguém tropeça numa montanha”. Nestas horas uso a inteligência da água. Eu enfrento os obstáculos, contornando-os e, ultrapassando-os sem o dispêndio do esforço desnecessário, do desgaste do enfrentamento, aparentemente inevitável. Afinal tudo passa.
Como estou à frente de alguns grupos literários e tenho comigo algumas pessoas que acreditam em mim e em meus projetos, não posso me dar o direito de ficar à deriva. Preciso comandar a embarcação com firmeza e determinação. Sei que dúvidas existem, mas confiar nas nossas potencialidades é necessário.
Sou uma otimista, acredito que, se mantido o foco no bem e no bom, será possível realizar todas as minhas propostas, com o devido e necessário empenho e respeito, sem o açodamento do desespero, mesmo sabendo da dificuldade que é envolver as pessoas no processo.
Às vezes estas pessoas ainda caminham tímidas pelo vazio existencial do apenas “eu”, sem perceber a beleza do que é ser e viver para o outro.
Elas ainda são incrédulas, negativas, resistentes, não enxergam a beleza que é semear a boa semente. Não entendem que somente assim há a possibilidade de colher bons frutos, num amanhã, que fatalmente virá.
Ah, como eu gostaria que existisse uma fórmula de fazer estas pessoas entender isso!
Todos nós, independente do que fazemos, precisamos trabalhar a nossa biografia, emprestando o máximo que podemos em esforço, boa vontade e tolerância para que mereçamos amanhã uma reconhecida credibilidade.
Theodoro Roosevelt, já dizia:
"Acredite que você pode, assim, você já está no meio do caminho."
Estou feliz, estou madura, mas, não apodrecendo, ao contrário, estou acreditando e, busco contaminar a todos, com o meu vigor e a minha boa vontade.
Estou numa fase muito boa da minha vida. Encontro-me a frente de alguns movimentos educacionais e literários: sou diretora de uma escola publica, organizo o Café Poético, o Sarau Literário de Mulheres, Academia de Letras Estudantis de Sergipe e, tenho constatado que isso tem me feito muito bem. Pois, o meu sonho mesmo, é ver o brilho no olhar do outro, perceber a sensação da autorrealização, do eu quero, eu posso, eu faço, de uma criança ou um adulto, que escreve e declama um poema, por exemplo. Isso não tem preço, tem significado. Isso para mim é vida.
Estou muito feliz e quero continuar vendo o deslumbramento da descoberta, o encantamento, e a realização alheia. É isto que me enriquece, é isto que quero continuar fazendo.
17.10.2016