Mensagens que edificam - 239
Simbiose e anacronismo crônico, falácias literárias e sofismas de pseudo-ideologias. Embustes de uma tradição premeditada, ardilosidade de um projeto planeado sobre areia. Sobrevivência impossível quando a primeira enxurrada desaba todo o arcabouço de um monumento já edificado em ruínas. Se a paleontologia é interpretada como um argumento do "mal", os fósseis desmentem um calendário que só nos apresenta o dia de ontem como a data mais longínqua. Quanta tirania e quanto descalábrio em contas incertas, relatos dúbios e julgamentos condenatórios sem direito ao réu de uma defesa. Neste cartel de informações que propõe a institucionalização do amoral, onde a sentença está na balança da particular interpretação de quem lê, e não no consenso do que deveria ser, me entreguei à abstinência de qualquer prática que exalte o patético. Me esvaziei e não mais me permití encher de cálices de ignorância. Onde avança a fé, cresce com pujança o desarmamento de defesas naturais contra o fortalecimento de parasitas neurais. Se a bestialidade campeia por pastos verdejantes, opto por ambientes mais inóspitos, e assim me refugio na introspecção da razão que não me permite apostar, mas concluir sem nunca conjecturar.