Abismo
Fugindo das ásperas tristezas de uma caverna fúnebre, avisto uma montanha, na qual caminho para o topo. No alto tenho uma visão esplêndida. Pasmo, caminho ao encontro daquele horizonte, e por deslize caio. Permaneci em queda por tempo finito e indeterminado. Mas em qualquer queda temos um fim, e o fim foi um bosque, obscuro, jogado ao chão. O mosaico foi formado, a sensibilidade do meu intimo me transpôs, e lutei contra ela, me reprimi exacerbadamente. Por um pequeno momento de vertigem interrompi a repulsa e ouvi meu ser, momento melancólico e um pouco trágico. Levantei, sem repressão, tomei meus medos e minha coragem e andei com uma leve culpa engendrada em minha cabeça, porem se sentindo em redenção a caminha atrás de uma nova montanha.