CONVERSANDO COM COLEGAS UM CERTO DIA.

Faz um tempinho que eu numa conversa informal com alguns colegas , num determinado momento daquela conversa ,citei a história de um alguém que meu pai contou, cujo, foi detento por um tempo no Arquipélago de Fernando de Noronha, situado no Oceano Atlântico. A reação de estupefação foi imediata por parte daqueles colegas, pois, nenhum deles(homens e mulheres) já tinha sequer visto ou ouvido falar desse assunto, de que o paradisíaco Arquipélago de Fernando de Noronha ,foi prisão um dia ,inaugurada pelos portugueses , em 1737, murmuravam dizendo que se isto fosse verdade , teríamos visto em quaisquer que fossem os veículos de comunicação através do rádio; da televisão;da imprensa escrita (jornais,revistas e internet) do Brasil ... Mesmo assim continuei aquela narração da história desse alguém,que conforme contou meu pai,fora transferido de avião , juntamente com outros detentos , para uma outra prisão insular daqui de do Estado de para terminar o cumprimento de suas penas (pois a Prisão de Fernando de Noronha tinha encerrado sua atividade carcerária). Alguns desses colegas até tentaram me corrigir, porque pensavam que estivesse casualmente enganado ou que talvez tenha me confundido exatamente com essas outras prisões insulares, uma dela agrícola, em atividade aqui no nosso Estado de Pernambuco.

Como não detinha o pleno conhecimento do assunto, para poder contra-argumentar, tive que aceitar de que realmente estivesse equivocado...

Até pensei em verificar esse 'equívoco' e retornar depois. Só que o tempo foi passando e me fugindo a lembrança de fazer tal pesquisa(por julgar ser uma coisa de pouca monta).

No dia 06 passado,lembrei do tema que de uma certa maneira estava pendente,aí resolvi pesquisar e encontrei a resposta . Sim, o ARQUIPÉLAGO PARADISÍACO de FERNANDO de NORONHA, já foi uma prisão do tipo segurança máxima aqui no Brasil, cujo, era Colônia de Portugal naquela época e teve seu início a partir de 1737(durante o reinado de Dom Manuel I, considerado o Magnânimo , de Portugal) e foi encerrada a atividade carcerária no ano de 1942(durante o governo de ditadura civil de Getúlio Dornelles Vargas)durando, portanto, mais de 200 anos de existência.

Embora o Brasil fosse Colônia de Portugal, todavia ,a prisão do Arquipélago de Fernando de Noronha , nem de longe parecia com uma COLÔNIA AGRÍCOLA e uma das primeiras coisas que foi instituída, foi o corte (por erradicação)de todas as árvores e arbustos da ilha e em seguida eram incineradas e também a proibição do plantio de outras, com o objetivo de impedir que um ou mais detentos espertinhos fizessem jangadas e escapassem da ilha , de uma certa forma,a prisão no ARQUIPÉLAGO de FERNANDO de NORONHA, e talvez quem sabe tenha até servido de inspiração para a França,na pessoa do rei Napoleão III,no ano de 1852, instalar a terrível prisão na ILHA do DIABO(na Guiana Francesa), cenário do filme PAPILLON .

Aqui em Pernambuco tinha outra prisão que foi desativada, a CASA DE DETENÇÃO DO RECIFE, e preservada toda sua estrutura arquitetônica externa prisional ,até mesmo as grades das celas, foram demolidas algumas paredes e parte do muro frontal. Agora é dos pontos turísticos do Recife, localizado no Bairro de Santo Antonio, às margens do Rio Capibaribe. Hoje, a Casa de Detenção de Recife é CASA DA CULTURA DE PERNAMBUCO !

Esta detenção funcionou 118 anos (de 1850 a 1980), algumas personalidades importantes ficaram presas ali : O cangaceiro Antonio Silvino ; o preso político Gregório Bezerra; o escritor alagoano e preso político Graciliano Ramos ; o advogado paraibano João Dantas ,que assassinou aqui no Recife, o então candidato a Vice Presidente na chapa de Getúlio Vargas , Sr. João Pessoa .

narração de histórias

contação de estórias (ou histórias)

contagem de números, de dinheiro

luteixfil
Enviado por luteixfil em 11/10/2016
Reeditado em 18/10/2016
Código do texto: T5787839
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.