FALANDO DO SENHOR DOS MUNDOS

O homem crente, na sua maior parte, fez do seu Criador uma entidade muito limitada, como se ele fosse só do planeta Terra e dos seus habitantes e de preferência da sua religião. E olhando-se do espaço, que seja já ali da estratosfera, o nosso planeta já é um minúsculo ponto no Universo à sua volta.

E podemos dizer que o planeta visto já desta altura se parece, sem nada a dever, a um verdadeiro formigueiro ou cupinzeiro onde seus habitantes ficam se digladiando sem olhar mais para cima e sem parar de orar, enquanto atrocidades acontecem em redor do planeta e em nome do Senhor.

É um planeta muito pequeno, um dos menores astros da nossa galáxia e o homem é muito ridículo ao achar que o Criador de todo este Universo está acompanhando o que acontece na sua vida de forma pessoal, caso a caso, quando tudo o que lhe acontece é resultado das sementeiras que cada um fez para si, que cada país fez para si, e por último o que a humanidade como um todo fez para si, as colheitas são só retorno,  e o que o homem colhe hoje é resultado de tudo quanto plantou no passado inclusive e principalmente, as vidas tidas antes de entrarmos nesta nova vida intrauterina atual , e sabemos que o passado da humanidade não foi nada glorioso.

Quando um jogador bilionário marca um gol, e não pensa no goleiro, quando alguém fecha um negócio enquanto um outro perdeu, ou quando alguém é salvo de um acidente enquanto outros morrem, sempre usam-se as frases: “Foi graças a ... ou foi o Criador quem quis, ou Só por ...” esquecendo-se que do outro lado teve um perdedor ou um que não teve a mesma sorte.

Nuna vi um perdedor citar que foi graças ao Senhor aquele seu infortunio, 

Não observam que, com estes dizeres, estão dizendo que o Criador foi parcial no momento em que ele se deu bem, em detrimento de outro; ou de um país ser paradisíaco para o seu povo, enquanto outro vive às mínguas, não muito longe.

Não que não devamos sempre agradecer por tantas graças recebidas, de preferência em silêncio e discretamente sem fazer disto um ato midiático, mas nós não devemos ter vergonha, nem remorso, do nosso sucesso, ou da felicidade de ter realizado um sonho com o nosso esforço, pois a nossa vontade firme trouxe a realização, a nossa capacidade, e se estamos tendo momentos de felicidade isto é resultado de sementeiras que plantamos no mundo imaterial e que colhemos na nossa alma, pois as exterioridades, estas, são coisas passageiras, mas se estamos infelizes que comecemos a buscar a verdade dos enigmas da vida encontrados na Mensagem do Graal de Abdruschin.

Devemos sempre agradecer ao Criador pela graça imensa da Vida, mas do que fazemos com ela, e do que recebemos, ou do que iremos receber, somos os únicos responsáveis, tanto pela colheita boa, como pela ruim, tudo é resultado da nossa vontade que acionam as leis de reciprocidade que mantem o universo.

O Criador só implantou estas leis que regem o Universo quando da sua criação e elas trazem, a cada um de nós, tudo de retorno, assim como na natureza, mas nós não nos achamos mais parte da natureza, este é o erro, mas somos os maiores recebedores e podemos ser os maiores doadores e nas grandes cidades não vemos os milagres que acontecem na natureza para o nosso sustento.

Como disse Martin Luther King em um discurso: “Vamos almejar para que neste país um dia se realize aquilo a muito escrito:
 
“Que todos os homens são iguais”, neste caso específico, iguais em condições de igualdade de crescimento e oportunidades, tanto material, como social, mas sempre uns vão se desenvolver mais do que outros, isto é da lei.

Mas todos somos iguais mesmo, mas na nossa origem, desde a 1ª vida terrena (temos muitas) agora o que cada um fez da sua vida nos torna diferentes e merecedores de quinhões diferenciados, quer sejam bons ou não e que continuam sendo moldados de acordo com o que sentimos e formamos na nossa alma.

 Afinal, tudo o que nos acontece é unicamente vindo da reciprocidade das nossas ações e pensamentos, devido à atuação automática destas leis que criam a sementeira de tudo que desejamos ou criamos.,

Mas muitos poderão dizer: “Mas não é bem assim, de forma tão simples, pois muitos morrem sem que paguem pelos seus crimes, ou que colham os seus frutos”.

Mas a quem considerar que somos finitos e que só temos esta vida comprimida entre o nascimento e a morte, não há nada a dizer, pois neste caso não existiria justiça e nem uma divindade que merecesse algum respeito, devido às tantas diferenças existentes entre os países do mundo, e entre os próprios seres humanos, tanto sociais, culturais ou econômicas, assim como de saúde física ou psíquica de cada um de nós, e de condições financeiras também.

Podemos citar também Einstein, a pessoa que mais entendeu das leis da natureza, (as leis de Deus) e do alto do seu conhecimento disse que "Deus não joga dados", ou seja, que tudo é lógico.

Então se cremos em Deus não podemos imaginá-lo imperfeito ou injusto, e temos que acreditar mais naquilo que Jesus tanto repetia "Aquilo que o homem semeia, isto ele colherá", e em uma só vida isto não é possível, e isto vale tanto para seres humanos individuais, como para países, e, no sentido mais amplo, para a humanidade inteira, pois, afinal, como um todo,   não estamos indo para um bom fim.

2º mandamento: "Não usar seu santo nome em vão"

“A miséria, o desespero e o extermínio são sempre o efeito recíproco, consentâneo com as Leis da Criação, de uma atuação errada, não sendo isso finalmente tão difícil de compreender, bastando que se queira.” Abdruschin em Na Luz da Verdade – dissertação  Os Planos Espirituais II – www.graal.org.br