Odiar, não odiar e amar
Qualquer sensatez percebe interesses cultivando ódio político no nosso país. Analise-se a mídia; interpretem-se as "notícias", as reportagens, as aulas, os sermões, as conversas, as generalizações, as piadas, as mentiras; faça-se uma "leitura de conteúdo" do que politicamente fomenta o ódio. E logo se distinguem cizânias dividindo tudo em dois lados: O bem e o mal; o azul e o encarnado do pastoril; o rancor maniqueísta como se existissem, em tantas partes e partidários, apenas duas realidades: Favoráveis e contrários ou odientos e odiados.
Essa gritaria traz de volta militâncias irascíveis da época da "internacional comunista", do fascismo, do nazismo, do macarthismo, da "guerra fria", dos idos de 1964, quando opinar sobre "reforma agrária" a um país de latifúndios improdutivos imprimia o estereótipo de "subversivo": Carimbo à perseguição, à prisão, à perda do emprego e à exclusão do mundo do trabalho; a cruz dos cristãos para distingui-los dos mouros na Cruzada medieval. Ariano Suassuna é taxativo: "É muito difícil você vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em dois países distintos: O país dos privilegiados e o país dos despossuídos".
Galileu Galilei foi genial: "Quando alguém menos entende, mais quer discordar". Fruto disso, recebi mensagem, de gente "esclarecida", insinuando que o autor da famosa obra "O Capital", Karl Marx, foi apenas "um vagabundo, sustentado pela mulher", o que alimenta o machismo de se aceitar a "mulher sustentada pelo homem". Divergindo, esse livro, então jogado à fogueira do index prohibitorum, argumenta que trabalhadoras e trabalhadores, sem discriminação, têm o direito elementar de trabalhar para seu sustento, sem serem apenas "exército de reserva" no mercado de mão de obra para manutenção dos baixos salários e dos altíssimos lucros. Também as encíclicas doutrinam contra esse resguardo ao desemprego. No final da dita mensagem, o seu maior conteúdo: "Não quebre a corrente, passe adiante"... Submetendo tais interesses ao crivo do racional, sinto, comparo e discirno: Odiar é mais fácil do que não odiar e, respeitando-se as diferenças, o mais difícil é amar.
Qualquer sensatez percebe interesses cultivando ódio político no nosso país. Analise-se a mídia; interpretem-se as "notícias", as reportagens, as aulas, os sermões, as conversas, as generalizações, as piadas, as mentiras; faça-se uma "leitura de conteúdo" do que politicamente fomenta o ódio. E logo se distinguem cizânias dividindo tudo em dois lados: O bem e o mal; o azul e o encarnado do pastoril; o rancor maniqueísta como se existissem, em tantas partes e partidários, apenas duas realidades: Favoráveis e contrários ou odientos e odiados.
Essa gritaria traz de volta militâncias irascíveis da época da "internacional comunista", do fascismo, do nazismo, do macarthismo, da "guerra fria", dos idos de 1964, quando opinar sobre "reforma agrária" a um país de latifúndios improdutivos imprimia o estereótipo de "subversivo": Carimbo à perseguição, à prisão, à perda do emprego e à exclusão do mundo do trabalho; a cruz dos cristãos para distingui-los dos mouros na Cruzada medieval. Ariano Suassuna é taxativo: "É muito difícil você vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em dois países distintos: O país dos privilegiados e o país dos despossuídos".
Galileu Galilei foi genial: "Quando alguém menos entende, mais quer discordar". Fruto disso, recebi mensagem, de gente "esclarecida", insinuando que o autor da famosa obra "O Capital", Karl Marx, foi apenas "um vagabundo, sustentado pela mulher", o que alimenta o machismo de se aceitar a "mulher sustentada pelo homem". Divergindo, esse livro, então jogado à fogueira do index prohibitorum, argumenta que trabalhadoras e trabalhadores, sem discriminação, têm o direito elementar de trabalhar para seu sustento, sem serem apenas "exército de reserva" no mercado de mão de obra para manutenção dos baixos salários e dos altíssimos lucros. Também as encíclicas doutrinam contra esse resguardo ao desemprego. No final da dita mensagem, o seu maior conteúdo: "Não quebre a corrente, passe adiante"... Submetendo tais interesses ao crivo do racional, sinto, comparo e discirno: Odiar é mais fácil do que não odiar e, respeitando-se as diferenças, o mais difícil é amar.