Gaia somos nós, nós somos Gaia
O planeta somos nós, a natureza somos nós, o cosmos somos nós. Fazemos parte dessa quantidade incomensurável de matéria orgânica e inorgânica que se espalha pelo universo conhecido e desconhecido, com formas de vida e de não-vida que nem mesmo ousamos sonhar. Mas por que essa emoção, essa impressão, tão presente hoje em dia, de desconexão, de vazio existencial e de separação com o Todo?
Nossa cultura urbana e cosmopolita conseguiu muitas coisas, dentre elas, democratizar uma sensação de descompasso com a natureza e com a existência de um modo geral com especial eficiência. As raízes que deveríamos cultivar são esquecidas em prol de uma vida vazia que se resume a qual o próximo bem de consumo irei comprar ou onde vou passar o próximo final de semana. Esse fato demonstra o quanto um tipo de indústria cultural avançou tão fortemente no sentido de criar necessidades supérfluas que nos impedem de experimentar uma completude para que haja sempre o desejo de consumo.
Mas somos mais do que meros consumidores, somos mais do que meros joguetes da mídia e do sistema. Quando essa sensação de que há algo além, de que há algo que está inacessível surge – e ela sempre surge – aparecem também os desvios de comportamento, aparecem as diversas formas de violência, aparecem, em última análise, as guerras e todo o aparato do status quo que alimenta esse processo se move novamente: a indústria bélica, os sistemas repressores, como a polícia, a penitenciária, o hospital psiquiátrico, entre outros.
Gaia, no entanto, é a nossa casa e, como um caramujo ou uma tartaruga, nós carregamos essa casa e ela é inseparável das nossas vidas. Compreender, profundamente, essa realidade é transformar-se. Porque a célula primeira que deu origem a toda vida no universo ainda pulsa no sangue que é bombeado pelos nossos corações. Uma história da linhagem desde o primeiro ser vivo unicelular até o último bebê recém-nascido é perfeitamente possível. E indo até ainda mais longe, até a “mineralidade” da matéria, carregada pelos átomos primeiros e chegando até a Fonte Maior.
Nesse ponto, o leitor pode imaginar que eu esteja, francamente, a favor de um panteísmo, tão valorizado pela cultura atual em termos filosóficos e, até, às vezes, espirituais, ou de um relativismo quântico tão em voga na física atual. Embora eu não negue que tais concepções são válidas, num certo sentido, minha meta é outra. Minha meta é fazer perceber que o espírito da terra está em nós e nós nele, é fazer perceber que cada vez que sentimos a natureza em nossos corpos – ela efetivamente está – criamos um campo com um novo futuro, com inenarráveis possibilidades positivas e com infinitas probabilidades positivas para nós mesmos e para a humanidade como um todo.
Experimentar completude é possível e necessário. Da próxima vez que estiver na praia, observe o mar, as ondas do mar, sinta o vento no seu rosto, caminhe pela areia, mergulhe e faça seu corpo perceber que faz parte de tudo que é natural.
A qualidade corpórea de nossas existências é diretamente afetada pela sabedoria e pelo poder da terra que podemos sentir ou não. Desse modo, estar próximo da natureza é uma necessidade e uma chave para a plenitude seja qual for a nossa crença, fé ou filosofia. Afinal, Gaia somos nós, nós somos Gaia. Paz e luz.
O planeta somos nós, a natureza somos nós, o cosmos somos nós. Fazemos parte dessa quantidade incomensurável de matéria orgânica e inorgânica que se espalha pelo universo conhecido e desconhecido, com formas de vida e de não-vida que nem mesmo ousamos sonhar. Mas por que essa emoção, essa impressão, tão presente hoje em dia, de desconexão, de vazio existencial e de separação com o Todo?
Nossa cultura urbana e cosmopolita conseguiu muitas coisas, dentre elas, democratizar uma sensação de descompasso com a natureza e com a existência de um modo geral com especial eficiência. As raízes que deveríamos cultivar são esquecidas em prol de uma vida vazia que se resume a qual o próximo bem de consumo irei comprar ou onde vou passar o próximo final de semana. Esse fato demonstra o quanto um tipo de indústria cultural avançou tão fortemente no sentido de criar necessidades supérfluas que nos impedem de experimentar uma completude para que haja sempre o desejo de consumo.
Mas somos mais do que meros consumidores, somos mais do que meros joguetes da mídia e do sistema. Quando essa sensação de que há algo além, de que há algo que está inacessível surge – e ela sempre surge – aparecem também os desvios de comportamento, aparecem as diversas formas de violência, aparecem, em última análise, as guerras e todo o aparato do status quo que alimenta esse processo se move novamente: a indústria bélica, os sistemas repressores, como a polícia, a penitenciária, o hospital psiquiátrico, entre outros.
Gaia, no entanto, é a nossa casa e, como um caramujo ou uma tartaruga, nós carregamos essa casa e ela é inseparável das nossas vidas. Compreender, profundamente, essa realidade é transformar-se. Porque a célula primeira que deu origem a toda vida no universo ainda pulsa no sangue que é bombeado pelos nossos corações. Uma história da linhagem desde o primeiro ser vivo unicelular até o último bebê recém-nascido é perfeitamente possível. E indo até ainda mais longe, até a “mineralidade” da matéria, carregada pelos átomos primeiros e chegando até a Fonte Maior.
Nesse ponto, o leitor pode imaginar que eu esteja, francamente, a favor de um panteísmo, tão valorizado pela cultura atual em termos filosóficos e, até, às vezes, espirituais, ou de um relativismo quântico tão em voga na física atual. Embora eu não negue que tais concepções são válidas, num certo sentido, minha meta é outra. Minha meta é fazer perceber que o espírito da terra está em nós e nós nele, é fazer perceber que cada vez que sentimos a natureza em nossos corpos – ela efetivamente está – criamos um campo com um novo futuro, com inenarráveis possibilidades positivas e com infinitas probabilidades positivas para nós mesmos e para a humanidade como um todo.
Experimentar completude é possível e necessário. Da próxima vez que estiver na praia, observe o mar, as ondas do mar, sinta o vento no seu rosto, caminhe pela areia, mergulhe e faça seu corpo perceber que faz parte de tudo que é natural.
A qualidade corpórea de nossas existências é diretamente afetada pela sabedoria e pelo poder da terra que podemos sentir ou não. Desse modo, estar próximo da natureza é uma necessidade e uma chave para a plenitude seja qual for a nossa crença, fé ou filosofia. Afinal, Gaia somos nós, nós somos Gaia. Paz e luz.