Dez em dez!

Dez em dez! É o balanço de número de encontros mensais no corrente ano sob a presidência do incansável e inimpeachável Juarez. A despeito das reiteradas, mas sempre baldadas, tentativas do Viegas, que só conspira enquanto respira. Só lhe falta agora pegar com o Padre Amazino da Ibitira, que até ziguizira tira. Nada a temer?

E ontem à noite, no aprazível condomínio e domínio do Paulo de Tupaciguara, a partir das 18:30, pudemos teste-munhar a pujança da coesão e harmonia do grupo de pitan, cada vez mais guapos, tanto em apoio ao seu Presidente, quanto ao Conspirador-Mor que nunca foi de botar pano quente, em torno de tanta loura (de garrafa) estupefaciente.

O alívio foi generalizado quando, retornado à confraria, deu as caras o Rugerius após um prolongado gozo - de férias, também - pela Áustria e imediações,daquelas terras tão cobiçadas por Adolfo e por Jozef. E o alívio foi maior ainda por não vê-lo trajado de tirolês.

O primo Darcy Júnior, com justa e robusta razão reclamou do pouco espaço que vinha recebendo em meus escriptos, e lhe faço aqui a reparação, estendendo-lhe o ramo da oliveira, afirmando que a eventual omissão foi meramente obra do alemão. Não tenho provas, mas tenho convicção...

O ínclito e infalível representante do clã Chaves, sem sair do ar, Mário, recordou com um travo de nostalgia o seu tempo de serviço militar, um verdadeiro conto de farda. Fica nos devendo uma palestra sobre essa breve, mas bastante formativa passagem de sua vida. E é o mesmo que esperamos todos de Romulus Augustus no tocante à educação sexual, em que continuamos todos ainda no mais denso breu, à espera de iluminação - e perdão.

Discreto, Lucius Flavius, evitou as tentações etílicas, focando no equilíbrio e na casta objetividade que sempre pautaram o legado de um São Bahia. Diferentemente dum Bécaud, que quando chegou, de cara já declarou o começo da orgia. Da alegria. E o Mastroianni, que o seguia - e já em plena forma - que balde não chutaria?

Quando Mário anunciou que para acompanhar a cerveja ir pedir uma bruschetta, foi justamente a hora em que eu já ia dizendo tou fora...

E se pegou mal, emendar agora, fica pior que o soneto.

Mas para os que crêem sem ver até, diferentemente de Tomé, é que se com os colegas pareci omisso é que tinha mesmo outro compromisso, ainda que sem bruschetta. E era justamente em torno de uma ninfeta, na Filarmônica: a sul-coreana Ji Young Lim que, nos seus tenros e ternos 21 anos, sabe bem mandar o arco num violino Huggins, um ano mais antigo do que a fundação do povoado de Pitangui, datada de 1709.

Marcondes, que para os padrões impecáveis de sua conduta chegou com sete minutos de atraso, prometeu-me mais uma vez reparar a antena de tevê de meu prédio. Antes ainda que caísse a chuva de gols contra a Abolívia...

Quero deixar aqui meu abraço ao anfitrião, que mui amavelmente nos apresentou seus meninos, recebendo a todos com a fidalguia que é peculiar aos tupaciguarenses e muito apreciada pelos pitanguienses.

E quero também desculpar-me por não citar mais convivas que lá já estavam desde o primeiro momento, bem como os que ainda estavam a caminho - consta, pelos registros sempre precisos do Viegas que houve 33 presenças - porque não poderia atrasar-me imaginando já em riste, a batuta do Maestro Carlos Miguel Prieto que ia reger os acordes da prodigiosa coreana Ji Young.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 07/10/2016
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