A escolha
As experiências com álcool, drogas ilícitas e sexo são cada vez mais precoces. Parece que os mais jovens têm uma necessidade de viver mais rapidamente. Ou que a sua curiosidade se satisfaça sem maiores prolongamentos. Sendo essa curiosidade, assim como a pressa de viver, estimulada por novos hábitos, mais libertinos, maior licenciosidade e até a presença de avanços tecnológicos facilitadores da comunicação como as redes sociais.
Não há jeito, esse caminhamento é inevitável. Como é inevitável o que chamamos de progresso, com a ocupação cada vez maior e predatória das áreas livres, com a utilização muitas vezes indevida dos cursos d'água e o desenvolvimento de armas cada vez mais sofisticadas para o estabelecimento de um predomínio militar no planeta e a consequente subjugação de nações menos desenvolvidas.
O que se pode fazer no sentido de uma eventual desmotivação dessa atitude libertária e inerente ao jovem, da conquista, descoberta e priorização de valores muitas vezes não convencionais, é o incentivo da autogestão, do autoconhecimento. Baseado no maior número de informações possíveis a que os jovens possam ter acesso para que façam a partir daí as suas escolhas. Já que, para eles, os mais velhos estão ultrapassados. E assumam, então, a sua responsabilidade diante da trajetória a ser percorrida.
Rio, 06/10/2016