AMOR SUBLIME

A minha caminhada com Jesus tem sido bênção, tenho provado, vivido e crido que a palavra é real, pura verdadeira , santa , perfeita . Este ano de 2016 tem sido um ano diferente , onde Deus tem se revelado e manifestado a sua presença em minha vida. Eu simplesmente estou maravilhada com tudo que Ele está fazendo. Tenho visto e vivido cura, libertação, sonhos sendo renovados. O céu está aberto em minha vida.

Em janeiro deste ano, 2016, eu fui a um EMF, escola missionária de férias em são Paulo, Piratininga. Lá senti deus como nunca antes. Senti uma paternidade como nunca havia sentido, senti um amor sobrenatural, me senti amada, cuidada, protegida, amparada. Pela primeira vez não vi Deus como um juiz severo, um juiz que julga sem me ouvir , um juiz que não aceita misericórdia e não ouve o caso a ser julgado. Então, pela primeira vez , não vi Deus com um pai bravo, que castiga, oprimi, Ele não foi cruel. Naqueles dias, Ele, meu Amado, meu Abba, meu redentor, meu Paizinho, lembrou-se do Sangue de Jesus, e cumprindo a palavra que Ele deixou em João 3:16 , que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna, então Ele me permitiu sentir esse amor : um amor tão sublime, tão profundo, tão puro, DE TAL MANEIRA, não posso mensurar, não sei explicar , mas foi amor sublime.E naquele período de 13 dias, vivi o céu , provei coisas que nunca havia vivido antes. Provei e sentir o que é ser amada, senti o que é ser linda.

No entanto o tempo de MOVEMENTE acabou e , como sempre, tive que voltar para casa, voltar para minha cidade, meu emprego, minha igreja, minha família, minha rotina. Havia de deixar o céu , havia de deixar aquelas pessoas tão cheias de Deus e do Espírito Santo, havia de deixar aquele lugar onde me sentir tão amada, cuidada. Aquele lugar onde não houve julgamento cruel e desumano por causa dos meus pecados insanos. Tinha que deixar o lugar onde o amor, graça e misericórdia fluíam. Aquele lugar onde a misericórdia me alimentava. Era chegado o tempo de deixar a casa do pão, era o momento de deixar o lugar onde o Juiz agia com pai, me perdoando de pecados horrendos. Eu tinha que deixar aquelas pessoas, aquela pessoinha, Michelle, ela que me ouviu e somente me ouviu. E naquele olhar não ouve julgamento, naquele olhar havia a pura manifestação da misericórdia de Deus. Sim, ela me ouve. Me ouviu contar os pecados mais sórdidos, coisas tão impuras, agressivas e horripilantes. E o que recebi!? Graça, simplesmente Deus estava lá, simplesmente Deus veio e me abraçou, Deus veio e me amou dizendo: “Eu estou com você, eu te amo, amada minha”. Então, tivemos a visão da minha imagem; um vaso sendo quebrado, mas sendo restaurado e transbordando líquido precioso. Mas era chegado o tempo de voltar para a antiga realidade.

Então toda aquela alegria foi-se embora. Chegou junto com o medo, a tristeza. Sim, houve muita confusão e tristeza em um coração que acabara de receber carinho, amor, compaixão. Agora já não imperava mais a alegria. Por quê? Era tempo de voltar para a realidade em que tudo era pecado, era muito difícil “ ser de Deus” , o Deus da antiga realidade era cruel, duro , severo, era um Deus que punia , castigava. Então o medo imperou o medo de não conseguir manter todo o amor e o novo cosmo visão do Verdadeiro Deus. Mas, finalmente, já não tinha mais tempo: chegou a hora do adeus .

Pronto, já estamos em casa, já estou em minha cidade, para minhas atividades, para minha rotina. Contudo, não havia satisfação em meu coração, tomei uma decisão: manter a nova visão e o novo relacionamento que foi desenvolvido com meu Amado. Estava disposta a fazer o que fosse para manter o que havia vivido. Não importaria o preço, simplesmente me firmei na decisão: viver Jesus , aceitar Jesus, viver o reino do céu , buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, viver pela fé. Crer que Jesus era e é o único que pode e poderia me livrar das mais profundas angústias. Angústias tão velhas, tão ríspidas, tão fundas.

Amarguras tão enraizadas que provocavam pesadelos, inseguranças e medos. Aflições tão intensas que me impediam de viver de modo digno, me impossibilitava de ter amigos, de ser amiga. Então nos meus lábios havia somente uma canção: “ ...de uma coisa eu sei decidir confiar...”. Em meio a esta decisão, conversava com o Abba, meu Paizinho amado, Deus lindo. Nesta conversa fui sincera em meus desejos: não aceito essa realidade dura e cruel que se vê do Senhor aqui em minha casa. Não quero ficar aqui, não posso ficar aqui. Preciso de amor, preciso de cura, preciso de te conhecer , preciso saber quem o Senhor realmente é. Preciso saber quem eu sou, preciso me livrar dessas coisas que não me deixam te conhecer. Quero me livrar dessas coisas que tem me machucado a tanto tempo, quero expurgar da minha alma todas essas dores que me oprimem e me aprisionam.

Nisto eu criei uma solução : vou voltar para a” casa do pão” vou voltar para o lugar onde Deus é manso, compassivo, misericordioso, amável. Vou voltar para o lugar onde a correção e a repreensão é um sinal de amor. Assim, com minhas forças e meus próprios pensamentos desenvolvi uma ideia, uma grande ideia, uma extraordinária ideia: vou fazer ETED, uma escola de treinamento e discipulado com duração de seis meses. Era uma ótima ideia, pois assim ficaria seis meses na casa do pão.

Não obstante, havia me esquecido o que o meu Abba havia me ensinado naqueles dias de glória- a minha decisão era um ato de renúncia . O que deveria de renunciar? Bom, deveria de renunciar a minha extraordinária ideia, fazer ETED. Isso não foi tão agradável, como assim?! Fiquei indignada em ter que fazer essa renúncia, pois na minha mente parecia ser algo tão incrível, mas, no entanto já havia tomado a decisão de buscar a libertação da minha alma, e se essa renúncia fizesse parte, então que renunciasse. Renunciei! Essa renúncia fazia parte do processo, renunciei a grande ideia. Então falei outra vez com verdade e sinceridade com Deus: Abba, faça então a sua vontade, eu somente quero ter minha alma livre, quero provar e viver o que o senhor diz na palavra quando fala em Filipenses 4:7: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Somente queria meu coração cheio de paz e tê-lo protegido pelo entendimento de Jesus. Portanto disse: seja feita a sua vontade que é boa, perfeita e agradável.

Neste momento renunciei as minhas ideias, minhas vontades, entreguei tudo para o meu Abba. Nesse tempo, apenas confiei e me assegurei de que tudo daria certo. Mais uma vez confiei nas verdades da Bíblia e me certifiquei de que tudo o que está escrito é real. Porém, a minha alma e o meu coração andavam angustiados, mas minhas lembranças ainda me maltratavam, os pesadelos me atormentavam constantemente. Mas, o que eu havia vivido naquele período no mês de janeiro era real. O que Deus havia me falado era real. E , não tardando suas promessas, o meu Amado deu prosseguimento na obra que Ele havia começado em mim. Assim, em uma manhã de domingo, na casa dEle, na igreja, após uma conversa informal e despretensiosa com Leonio ouvir mais uma vez a voz daquele que me falou por treze dias. Vi um ato de misericórdia novamente sobre a minha vida. Neste dia entendi que a minha ideia não era tão extraordinária como pensava, mas o que Deus estava para fazer sim, isso sim era extraordinário. Leônio e um serumaninho, um irmão com uma boa caminhada cristã, um irmão que Deus chamou para o ministério de libertação. Para exercer esse ministério, Deus deu a ele a psicologia como estratégia.

Esse domingo, sendo o mês de fevereiro de 2016, foi de muito choro, choro de libertação, choro de liberdade. Vi o que me amava me amando mais uma vez, vi o meu Redentor, meu Intercessor entrar em ação mais uma vez. Percebi, senti, tive convicção de que aquele que se apresentou à mim, de forma tão sublime e constrangedora, nunca mais se esconderia de mim. Tive convicção que esse Deus amoroso, Glorioso, Pai e resgatador de almas feridas, me permitiriam viver, senti e vê¬-lo como foi aos dias de janeiro, misericordioso e amoroso.

Assim sucedeu, iniciou-se a minha libertação, a cada semana o Santo Espírito de Deus entrava em um porão, uma gaveta da minha alma que estava trancada. Lugares da minha alma que esteve escondido por tanto tempo foi descoberto pelo Gracioso.

A cada semana eu ficava maravilhada e impressionada, pois o mesmo Deus que falou comigo no mês de janeiro, continuava a falar comigo , agora em fevereiro. Ele nunca foi diferente, sempre foi amoroso, compassivo e gracioso. O tempo passou e cada vez mais tinha resposta para todas as perguntas. Cada vez mais sentia o mesmo amor, ainda mais profundo. Vivia mais profundamente o perdão de Deus. A cada dia que se passa, me sinto como Maria Madalena , a mulher que não foi apedrejada, mas foi amada. Sinto-me também como a mulher samaritana, sinto-me saciada pela água inesgotável: Jesus!

Pude, então, perceber que a visão errada que tinha sobre Deus deveria ser mudada por mim mesma, não por outras pessoas. E que o que Deus diz na Bíblia é real, e que o que Ele prometeu se cumprirá. Aprendi que eu posso orar, confessar os mais podres erros, posso chamá-lo de Abba, paizinho, posso crer, como diz em salmos 50:15 invoca-me no dia da sua angústia, eu te ouvirei e tu me glorificará. Essa palavra é real na minha vida. Eu invoquei, clamei por socorro, estava em muitas angústias. Ele, meu Abba, me ouviu e me livrou de todas elas, e agora o que arde no meu peito e um desejo grandioso de glorificá-lo constantemente.

Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Salmos 125:1

Mel Rosa
Enviado por Mel Rosa em 05/10/2016
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