Uma crônica à Catarina!
Engraçado, que cada pessoa, não passa de um personagem do teatro. Se o teatro for shakespeariano; então, ainda mais se assemelhará. Lembrando-me de um caso, à poucas semanas, fico a me perguntar: como não enxergar naquela mulher, mal educada, sisuda, irritadiça a eterna Catarina de “A Megera Domada?!”.
Bem, eu ser como Petruchio não vai dar!. Tolero muitos problemas, há que se reconhecer, e tento compreender o Outro. Tento investir na alteridade, isto é, no reconhecimento das pessoas, de suas dificuldades, de seus desejos. Mas, é bom que se diga: "não é fácil ter paciência diante dos que a têm em excesso" (Drummond).
Mas, infelizmente, há problemas que são insolúveis. Resultado: só me restou desistir de você. Nada eu tenho contra você, há que se dizer. Mas, suportar certos desaforos de uma pessoa, à exemplo de Petruchio, é uma das maiores lástimas que alguém pode ter numa convivência diária. Talvez, Petruchio realmente só queria os dotes, em troca do casamento com Catarina. Afinal, esta moça, não tinha muita simpatia na vida.