EM SÃO PAULO NÃO SE COMPRA VOTO,
MAS SE COMPRA UM CARGO
É só fazer as contas.
O salário bruto, mensal, do prefeito de São Paulo é de R$ 24.117,62 (vinte e quatro mil, cento e dezessete reais e sessenta e dois centavos).
Se o prefeito completar o mandato (quarenta e oito meses), ser-lhe-á creditada a importância total de um milhão, cento e cinquenta e sete mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e setenta e seis centavos, a saber:
R$ 24.117,62 X 48 = R$ 1.157.645,76.
O estranho é que ele doou para a campanha (com recursos próprios) algo acima de R$ 2.500.000,00 - valor superior ao dobro do que lhe será creditado - e ainda garantiu que também doará todos os salários a que fizer jus enquanto administrador da cidade.
Um perdulário? Mera vaidade? Ou aquela satisfação capitalista de bater no peito e dizer: "Meu dinheiro compra tudo!"?...
Pois é!... Depois de tanto surrupiarem o erário público, desde um século antes dos computadores, a gente não olha essa atitude com bons olhos, nem deve.
"Cego, quando recebe esmola grande, desconfia".
E, só pra reforçar essa ânsia altruística pelo cargo - não um cargo político, mas um bastão de missionário - é bom registrar que o seu partido (PSDB) tinha autorização do TRE para gastar na campanha até o limite máximo de R$ 5.987.479,69.
Relegada a lei eleitoral a segundo plano, o custo (declarado) da campanha alcançou a cifra de R$ 13.039.406,94. Isso equivale a 117,78% acima do limite permitido. Quem vai responder? Quem vai pagar a multa, pelo visto, irrisória?...
Antes essa diferença vinha sendo coberta com propinas empresariais ou "caixas dois". E agora? Como fazer face a essas despesas extras de campanha? Ninguém almoça de graça. Alguém pagou essa conta e vai querer o troco. Quem? Com certeza, o tempo curto da campanha não deixou apodrecer os "laranjas" das grandes empresas.
Sei não, viu!... A coisa pode não ter cara de "Lava Jato", mas "Leva Jeito"...
MAS SE COMPRA UM CARGO
É só fazer as contas.
O salário bruto, mensal, do prefeito de São Paulo é de R$ 24.117,62 (vinte e quatro mil, cento e dezessete reais e sessenta e dois centavos).
Se o prefeito completar o mandato (quarenta e oito meses), ser-lhe-á creditada a importância total de um milhão, cento e cinquenta e sete mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e setenta e seis centavos, a saber:
R$ 24.117,62 X 48 = R$ 1.157.645,76.
O estranho é que ele doou para a campanha (com recursos próprios) algo acima de R$ 2.500.000,00 - valor superior ao dobro do que lhe será creditado - e ainda garantiu que também doará todos os salários a que fizer jus enquanto administrador da cidade.
Um perdulário? Mera vaidade? Ou aquela satisfação capitalista de bater no peito e dizer: "Meu dinheiro compra tudo!"?...
Pois é!... Depois de tanto surrupiarem o erário público, desde um século antes dos computadores, a gente não olha essa atitude com bons olhos, nem deve.
"Cego, quando recebe esmola grande, desconfia".
E, só pra reforçar essa ânsia altruística pelo cargo - não um cargo político, mas um bastão de missionário - é bom registrar que o seu partido (PSDB) tinha autorização do TRE para gastar na campanha até o limite máximo de R$ 5.987.479,69.
Relegada a lei eleitoral a segundo plano, o custo (declarado) da campanha alcançou a cifra de R$ 13.039.406,94. Isso equivale a 117,78% acima do limite permitido. Quem vai responder? Quem vai pagar a multa, pelo visto, irrisória?...
Antes essa diferença vinha sendo coberta com propinas empresariais ou "caixas dois". E agora? Como fazer face a essas despesas extras de campanha? Ninguém almoça de graça. Alguém pagou essa conta e vai querer o troco. Quem? Com certeza, o tempo curto da campanha não deixou apodrecer os "laranjas" das grandes empresas.
Sei não, viu!... A coisa pode não ter cara de "Lava Jato", mas "Leva Jeito"...