Um Serial Killer de Pernilongos
Existe bicho mais perturbe que pernilongos? ou melhor, existe missão mais impossível do que capturá-los? Malditos! Muriçocas imprestáveis metidos a gângsters.
Apaga-se a luz e o bicho desce, certeiro, preciso tanto quanto um míssil teleguiado por satélite; ascende-se a luz e o bicho some, ficando insondável como um submarino bem debaixo do inimigo. Daí é nois! Daí a guerra é pessoal; daí é meu instinto assassino que assume a mais temerosa e implacável busca, sem armas químicas, dispenso o uso de inseticida. Quero treta no corpo a corpo, com tapa na cara, cola brinco, pescotapa, até esmiúça-lo num só golpe certeiro e sentir seu sangue (que era meu) eclodir na palma de minha mão sedenta por vingança. Repito: muriçocas imprestáveis. Quero a captura de um por um ao extermínio total de seu exército maldito de voadores.
Somente depois de capturar o último sanguinário é que volto a dormir com a sensação de missão cumprida. Mais do que isso, alívio, pois matar é uma sensação única de prazer e libertação saborosa. É, somos todos instintos assassinos.