Quem quer votar no Brasil?

Chega a ser estranho estarmos à véspera do pleito eleitoral de 2016 e não nos existir o ânimo cívico para ver chegar o dia da votação, tomarmos o “banho de noivas,” vestirmos uma roupa melhorzinha e partirmos para a urna. Isso é coisa do passado. Que nada, é coisa de hoje. Esqueçam essa coisa de ir votar com tristeza. Votemos maciçamente para mudarmos a quadrilha que nos governou com tanta imundície.

Lembro-me, muito bem, quando criança, o movimento intenso de eleitores chegando sobre caminhões na cidade. Queriam votar. Participar da festa da Democracia, rara, naqueles tempos. Com ou sem curral eleitoral, mas era uma grande festa. Tempo inclusive de distribuição de renda. Não havia essa safadeza horrenda que vimos hoje. É certo que durante todo o tempo da República, algumas mazelas do Brasil Império foram reproduzidas, mas em doses bastante homeopáticas. Hoje, não. Rouba-se via internet, via Truste, e o escambal. Tempo novo e vergonhoso. Aperfeiçoaram a fábrica de roubar.

Bem, o tempo também será de reavaliação do trabalho político do PT que governou de forma nojenta por esses quase quinze anos. Muita sujeira feita e jogada sob o tapete. Se não fosse um Juiz probo que, da gemulação, se tornasse o bam bam, ainda estaríamos sendo, escandalosamente, roubados. Coitado do Erário. O país afundou como nunca se havia visto em toda a sua história. Estão consertando os estragos. Ainda bem, embora que demore!

Vamos ver como ficará o mapa da governança política em três de outubro. O povo decidirá quem será banana e quem será caju. O bom da Democracia são essas possibilidades que dispomos de mudar o que não estar dando certo. Dentre elas, a eleição é uma das mais fortes. Não é possível que o país continuará sendo vermelho e sustentando aquela estrela horrorosa que tanto mal fez à nossa Nação. Não acredito nisso. O povo sabe o que é sofrer sob as ordens mesquinhas de um governo que só se aperfeiçoou nas falcatruas. Não sobrou nem a mulher do Presidente.

Nem a seca nordestina retira tanto dinheiro do país, quanto o propinoduto da Petrobrás retirou. O Governo Lula é o protagonista do maior esquema de corrupção já visto neste país. Ao longo de minhas cinco décadas de vida como cidadão brasileiro, confesso, jamais vi coisa igual. Um pouco mais de cinco décadas. O espólio do PT foi miserável demais para esta geração de brasileiros e grande parte de seus filhos. Para o Brasil voltar a ser o que era, levaremos uma dezena de anos de muito trabalho. Não se reconstrói uma nação, violentamente roubada por um grupo político, como aconteceu com o Partido dos Trabalhadores, de um dia para a noite.

O eleitor diante da urna terá a responsabilidade cívica de dar a ordem de transformação para que, a partir das Prefeituras Municipais, o país, como um todo, mude radicalmente. O que elegermos agora será a base e sustentação e talvez de reprodução política com vistas às eleições para o próximo pleito presidencial. O município elege os Deputados Estaduais que por sua vez elegerão os Deputados Federais, Senadores e por aí vai.

Dia dois de outubro de 2016 veremos o que acontecerá.

Espero que nasça o esboço político de um Brasil bem diferente. Nada do que restou tem muita significância política. Estão querendo resolver os crônicos problemas do Brasil a toque de caixa, com alguma varinha de condão. Não é bem assim. A sociedade, nessas discussões, deve ser representada por seus especiais representantes. Quem deve decidir sobre o ensino, a educação, são os brasileiros que vivem imbuídos de tais propósitos. Em um passe de mágica nada se consegue fazer. Tolice pensar que os nossos problemas gerais se resolvam com um ou dois meses. Levaremos anos. Um bom começo é o que deve ser feito com rapidez, mas se faz necessário decantar até a última gota, os fôlegos desses problemas e as lágrimas que nos fizeram tecer em pleno abandono político.

Teremos que mudar a direção e o sentido políticos desta nação judiada por um grupo espúrio que quis transformá-la em uma sebosa república bolivariana. O Fórum de São Paulo que o diga, essa outra praga construída. Abaixo essa trapalhada toda. Nosso país não é um circo. Portanto, merece muito respeito.

Dia dois de outubro, caro eleitor, título lustrado entre o indicador e o polegar da mão direita, olhar altivo, vontade cívica e coragem para mudar esses bagunceiros do Norte ao Sul. Nossa cor é outra. Nosso hino, o mesmo. Mas jamais fomos às urnas com tanta deliberação e decisão políticas. Quem manda no Brasil é o legítimo povo brasileiro. Fora tudo o que não nos serve para nada, a escória política, os bandidos eleitos por nossos erros eleitorais!