SERVIÇO PÚBLICO

Talvez eu seja a única exceção, talvez só aconteça comigo, mas todas as vezes que eu precisei do sistema público no Estado de São Paulo, fui atendido como se estivesse num desses países ditos de primeiro mundo. (Se é que eles existem porque com se diz no Nordeste, “terra que não se conhece, jerimum dá na raiz”)

Sabe aquele conjunto de órgãos da administração pública que fica num mesmo ambiente, que em Pernambuco chamamos de rapidinho, aqui em São Paulo se chama poupa tempo.

Pois bem, quando precisei atualizar minha carteira de identidade, vulgo RG, ou quando transferi o título de eleitor e também na atualização para o cadastro biométrico, fui atendido com a solicitude que todo mundo deseja.

A mesma coisa aconteceu quando fiz a inscrição no posto de saúde para atualização de vacinas e fornecimento de medicamentos para controle da pressão arterial e também quando fiz o infarto, todos os procedimentos foram feitos com dedicação e profissionalismo e, por incrível que possa parecer, os horários marcados para os atendimentos foram todos cumpridos.

Claro que vez por outra o atendente da farmácia me diz que o medicamento tal ou qual está em falta e que eu preciso retirá-lo numa dessas farmácias que têm convênio com o SUS, mas no geral, tudo funciona bem.

Tudo na vida é uma via de mão dupla, talvez isso aconteça porque meu contato com os servidores se dá com a cortesia que todos nós merecemos, sem a arrogância do pagador de impostos ou o servilismo dócil dos “coitadinhos”, talvez seja porque espero a minha vez de ser atendido e não transfiro para o servidor a responsabilidade sobre as faltas eventuais, talvez seja porque trato-os exatamente da forma como gosto de ser tratado.