O RATINHO E A CASCAVEL (mini crônica)
Quando um canalha se apossa do poder, meu coração de artista entristece.
Quando esse mesmo canalha que usurpou o comando do país e resolve do alto de sua prepotência e ignorância, desrespeitar toda a classe artística do Brasil, meu coração artista, mesmo triste, entende que todos os corações artistas do meu país, ainda que desprezados, sabem que realmente fazem a diferença, por isso somos tão odiados.
Ao contrário deles, nunca vi uma cadeia lotada de artistas, então, chamar-nos de vagabundos é no mínimo desprezível e uma falta de respeito estupidamente imbecil.
Mas, o que podemos esperar de canalhas que desconhecem a palavra respeito, dignidade ou lisura?
Projetos desenvolvidos pelo Afro Reggae, pelo Olodum, Carlinhos Brown ou Guilherme Arantes com crianças da periferia em situação de risco, são muito grandes para serem entendidos por essa gente mesquinha e milionária que a vida inteira viveu do erário público e de benesses dos governos corruptos.
Um pastor Feliciano, um Edir Macedo ou o tal Malafaia da vida, que vivem da exploração da fé de pessoas pobres, não têm sequer o direito de serem considerados seres humanos, muito menos cristãos, é só lembrarmos dos vendilhões do templo, passagem bíblica que todos eles conhecem ou deveriam conhecer.
O povo brasileiro não merece o que estão fazendo a ele, muitos daqueles que se empenharam para a saída da presidente Dilma, hoje, mesmo sem admitirem publicamente, sabem o quanto estavam errados, mas, jamais darão o braço a torcer, para não serem ridicularizados nas redes sociais,. Seu orgulho canalha fala mais alto.
Os bobos da corte, aqueles pobres que acompanharam essa gente rica e mesquinha, adoçando e endossando suas falácias burras e espertalhonas, jamais pensaram que aplaudir essa gente, é permitir que coloque em seus costados uma cangalha com arame farpado para carregar um fardo por demais pesado.
Em nenhum momento da história universal, a classe rica se preocupou com os pobres, a não ser para explorá-los ao máximo que puderem, para aumentarem suas fortunas, muitas vezes construídas com o infortúnio e o sangue dos humildes.
Haja vista, em pleno século XXI, ainda existir trabalho escravo, ou análogos à escravidão, ou ainda existir exploração do trabalho infantil porque a canalhice dessa gente não tem limite algum.
Umas dez mil pessoas num universo de mais ou menos 220 milhões de brasileiros deter 98% das riquezas do país e um bando de retardados mentais acompanharam suas falácias, ajudadas por uma mídia mesquinha e irresponsável, é uma burrice sem precedentes em qualquer parte do planeta terra; ou do conjunto de todos os planetas da galáxia.
O resultado está aí, batendo na cara de todos e só não enxergam os burros com suas viseiras impostas pelos canalhas de sempre, porque pobres ou remediados acreditarem na conversa mole dessa gente rica, é a mesma coisa que pedir a um ratinho coxo, para tomar conta dum ninho de cascavéis.