JESUS FOI PROFETA?

"Jesus era um profeta?". Um desvio histórico na afirmação.

Um crente que faz afirmações com reservas. Um crente fervoroso da Virgem, assim confessa.

Confissão faz o ato confessional personalíssimo subir elevadas cumeadas, cuidadas e amanhadas em especiarias das personalidades, sob o âmbito e na reserva da consciência, nenhuma igual a outra qualquer, intimista, gesto que se interioriza na alma lisa, sem arestas, e assim deve ser, sem máculas, despojadamente.

Cada um crê no que compreende e alcança, não existem cortinas de fumaça, nem véus para a compreensão nos limites das balizas de cada um, mas história humana de um Cristo histórico, que não foi só formal historicamente, formalidade desnecessária para Quem foi único, somente em oralidade ensinando a Lei Moral, nunca profeta, muitos dos que existiram como profetas só assim foram lembrados, e anunciaram no Antigo Testamento, o Filho de Deus, o Messias.

Profetas não têm a marca indelével de serem lembrados como lembrado o signo máximo do Cristo, a "Cruz da Imolação", heroísmo humano sem similar, de Quem era divino, para os que creem sem fronteiras, diante do fato histórico, ou mesmo dos que creem com reservas, dentro de seus possíveis parâmetros de avaliação restrita, compreensíveis e respeitáveis, mas faltos de registro histórico, historiografia, e ainda dos que nada creem, por impossibilidade de alargamento da alma, das fontes espirituais que passeiam em idas e vindas, em contraditórios que esbarram na frieza do sentimento e nos freios da percepção. Profetas nada são diante da grandeza do “Ungido”, profetas não foram ungidos como Rei.

Jesus de Nazaré, o Cristo, o Ungido, só foi profeta para os muçulmanos, não é boa a indicação.

Mas todos são seus filhos, queiram ou não, são descendentes de David, e Ele assim os quer e assim os criou, como Deus e seu Pai, no mistério da inviolabilidade da inteligência, e nem todos os filhos admiram e se ajoelham diante das relevâncias de seus pais, o que se entende, mesmo pais de sangue, ainda que deles sempre sobrevivam e vivam. Por isso compreende-se tanto sofrimento expiatório no mundo de muitos na jornada existencial, mas que o Pai aceita e perdoa.

O ato confessional é válido em qualquer dimensão explicitado, sempre atinge fronteiras antes não caminhadas por ser confissão, isso basta para redimir qualquer limite não ultrapassado antes.

Aceitar a maternidade do Cristo no Advento, a Virgem, já faz o ato confessional perfeito, coroado de certezas, ainda que veladamente. Nenhum filho se desvincula da história de sua mãe, qualquer retórica contrária é paradoxal.

A confissão por vezes não sabe o que confessa, é próprio desse veículo que embarga e confunde sentimentos, o ato confessional. Não posso aceitar a Mãe de Deus sem aceitá-lo em toda sua dimensão. Se aceito a Virgem aceito sua história e seu Filho como Filho de Deus, não como profeta, com toda a reverência messiânica com que chegou até hoje para marcar o calendário gregoriano.

Antes Dele e Depois Dele, AC/DC, nunca antes ou depois de inúmeros profetas do Antigo Testamento, pequenos e comuns diante de sua grandiosidade e da história, mesmo humana, nada desse passo existiu.

Jesus de Nazaré é único como homem por ser o Filho de Deus e integrar a Santíssima Trindade.

Era assim o texto. Foi a mim dirigido. Um amigo.

"Acredito em Jesus. Foi o maior de todos os Profetas. Por uma causa que não sei explicar, acredito em Maria, sua Mãe, da qual sou devoto. Entalhei com minhas mãos uma visão que tenho dela. Quando levei para ser benzida pelo Padre Francisco, perguntei acanhado: "O senhor benze?"

Sua resposta foi imediata. "Você teve um trabalho duro, esta madeira é grande e pesada. Acha que não vou acreditar na sua devoção?" E logo consagrou a imagem, sem muita arte, mas com muita alma que tenho na minha sala desde 1970. Quarenta e cinco anos!

A doutrina de Jesus é a mais perfeita que eu conheço. Sei que morreu crucificado, consta dos Anais de Roma.

Mas quanto à ressurreição, não acredito. Também não acredito no Deus que o Cristianismo católico prega. É coisa de poder humano que quer passar a ser divino. Compreendo, mas não aceito. A igreja queria o poder, e ainda o tem.

Destruíram uma doutrina que poderia salvar o mundo. Observe como é social e politicamente correta.

Consequência? Morreu crucificado!

Poderia continuar indefinidamente, mas iria cansar."

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/09/2016
Reeditado em 09/10/2017
Código do texto: T5774275
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