TAMANHO NÃO É DOCUMENTO
Quando eu era adolescente, não gostava do meu tamanho, como acontece com todos nesta fase. Mas o tempo passou e eu continuei incomodada, e os apelidos não ajudaram “tampinha”, “toco” e por aí fluíram abundantemente os “adjetivos” desagradáveis. Tinham os que queriam ajudar e diziam coisas que nem eles mesmos acreditavam, “são nos menores frascos, que encontramos as melhores fragrâncias”. Nossa como escutei esta frase. Cheguei aos vinte anos, medindo 1,58m, e disso não passei. Pedi muito a Deus para me dar pelo menos mais dois centímetros. Era bem mais glamouroso medir 1,60m. Queria ser policial, mas nunca pude nem sonhar, não tinha o tal famigerado "tamanho adequado". Este trauma foi mais difícil de esquecer e curar da alma. Então decidi fazer o que amava de coração, dar aulas. Na sala de aula, sentia-me livre, não importava meu tamanho, o que era importante, era ser uma boa professora, carinhosa, atenciosa e comprometida. Modestamente, sempre fui assim, um misto de ariana com ascendência em Marte, não entendo muito do assunto, mas o que posso dizer, é que sou apaixonada pelas pessoas, gosto de ser útil e ver o sorriso nos lábios do meu próximo. Então a Escola me conquistou, tornou-se a minha grande paixão, não é uma coisa subjetiva, é física, sinto grandes emoções, a depender do contexto, alegrias, tristezas, decepções e euforia, ao entrar todos os dias no meu santuário. Cada ano, eu ganho aprendentes novos e oriento-os com todo meu amor. Todo ano eles vêm e vão, numa dança frenética e contínua, dando cor e ritmo ao processo ensino aprendizagem. Processo este, que se não tomarmos cuidados, torna-se algo enfadonho e triste. A cada ano um ciclo se abre e outro se fecha, como se dissesse para todos nós, que a vida é isso, é algo profundo, mas com pouca duração. Dentro da sala, não tenho tamanho físico, sou do tamanho do meu conhecimento, do sentimento que provoco nos meus alunos, da simpatia e empatia. Eu sou do tamanho do amor que eu tenho por cada estudante, parceiro, amigo, que passa pela minha sala de aula. Sou grata a Deus, por me permitir semear a palavra, e aprender enquanto ensino.
Quando eu era adolescente, não gostava do meu tamanho, como acontece com todos nesta fase. Mas o tempo passou e eu continuei incomodada, e os apelidos não ajudaram “tampinha”, “toco” e por aí fluíram abundantemente os “adjetivos” desagradáveis. Tinham os que queriam ajudar e diziam coisas que nem eles mesmos acreditavam, “são nos menores frascos, que encontramos as melhores fragrâncias”. Nossa como escutei esta frase. Cheguei aos vinte anos, medindo 1,58m, e disso não passei. Pedi muito a Deus para me dar pelo menos mais dois centímetros. Era bem mais glamouroso medir 1,60m. Queria ser policial, mas nunca pude nem sonhar, não tinha o tal famigerado "tamanho adequado". Este trauma foi mais difícil de esquecer e curar da alma. Então decidi fazer o que amava de coração, dar aulas. Na sala de aula, sentia-me livre, não importava meu tamanho, o que era importante, era ser uma boa professora, carinhosa, atenciosa e comprometida. Modestamente, sempre fui assim, um misto de ariana com ascendência em Marte, não entendo muito do assunto, mas o que posso dizer, é que sou apaixonada pelas pessoas, gosto de ser útil e ver o sorriso nos lábios do meu próximo. Então a Escola me conquistou, tornou-se a minha grande paixão, não é uma coisa subjetiva, é física, sinto grandes emoções, a depender do contexto, alegrias, tristezas, decepções e euforia, ao entrar todos os dias no meu santuário. Cada ano, eu ganho aprendentes novos e oriento-os com todo meu amor. Todo ano eles vêm e vão, numa dança frenética e contínua, dando cor e ritmo ao processo ensino aprendizagem. Processo este, que se não tomarmos cuidados, torna-se algo enfadonho e triste. A cada ano um ciclo se abre e outro se fecha, como se dissesse para todos nós, que a vida é isso, é algo profundo, mas com pouca duração. Dentro da sala, não tenho tamanho físico, sou do tamanho do meu conhecimento, do sentimento que provoco nos meus alunos, da simpatia e empatia. Eu sou do tamanho do amor que eu tenho por cada estudante, parceiro, amigo, que passa pela minha sala de aula. Sou grata a Deus, por me permitir semear a palavra, e aprender enquanto ensino.