Provas e Convicções
O interesse que tenho em acreditar numa coisa
não é a prova da existência dessa coisa.
Voltaire
não é a prova da existência dessa coisa.
Voltaire
Semaninha cheia de novidades, esta: Cunha fora por oito anos, Cármen Lúcia na presidência do STF e a Lula e Marisa acusados formalmente pela força tarefa da Operação Lava Jato.
Confesso que duvidei até o último minuto da condenação e afastamento do ex-presidente da Câmara. Homem poderoso, cheio de artimanhas, achei que ele daria um jeito de se safar, ao menos da perda dos direitos políticos, aproveitando o precedente convenientemente deixado pelo esdrúxulo afastamento de Dilma.
Mordi a língua. O sujeito caiu mesmo e parece que vai ficar na geladeira por um tempinho. Cheio da grana - da nossa grana -, mas, vai. Isto é… Mais ou menos. Ando pessimista. Pra mim, tudo foi parte do acordo para afastar a presidente eleita e agora, não apenas será protegido das demais punições cabíveis, como continuará dando as cartas no governo.
Já a nova presidente do STF foi recebida com otimismo pelo sofrido povo brasileiro, a quem, quebrando o protocolo, cumprimentou antes das autoridades presentes em sua cerimônia de posse. Prometeu endurecer contra a classe política e citou Ulisses Guimarães: “não roubar, não deixar roubar e pôr na cadeia quem roube”. Sucesso aí, moça!
Porém, o que mais causou nestes dias foi a conclusão dos procuradores da República, de que Lula seria o líder do esquema de corrupção sistematizado no governo, visando a governabilidade, a perpetuação no poder e o enriquecimento ilícito. Não duvido. Mais difícil seria crer que alguém saiu limpo depois de andar tanto tempo nesse mar de lama da corrupção e dos conchavos governamentais.
Acho que Lula e Marisa são mesmo os donos do triplex e do sítio em Atibaia e que o PT usou muito caixa 2 para se manter no poder.
Mas isso é mera opinião pessoal. Conjecturas e suposições, que posso expressar sem medo por vivermos num País livre. Para transformá-las em acusação, eu precisaria de provas. E foi aí que o trabalho dos rapazes do Moro falhou. O Direito desconhece a força das convicções, exigindo evidência dos fatos para condenar alguém. A falácia de Dallagnol e seu power point infantil valeram muitos memes e risadas nas redes sociais, mas só serviram pra provar que esses meninos ainda têm muito o que aprender.
Texto publicado na minha coluna de 16/09 do Jornal Alô Brasilia. Esqueci de publicar aqui antes.
Confesso que duvidei até o último minuto da condenação e afastamento do ex-presidente da Câmara. Homem poderoso, cheio de artimanhas, achei que ele daria um jeito de se safar, ao menos da perda dos direitos políticos, aproveitando o precedente convenientemente deixado pelo esdrúxulo afastamento de Dilma.
Mordi a língua. O sujeito caiu mesmo e parece que vai ficar na geladeira por um tempinho. Cheio da grana - da nossa grana -, mas, vai. Isto é… Mais ou menos. Ando pessimista. Pra mim, tudo foi parte do acordo para afastar a presidente eleita e agora, não apenas será protegido das demais punições cabíveis, como continuará dando as cartas no governo.
Já a nova presidente do STF foi recebida com otimismo pelo sofrido povo brasileiro, a quem, quebrando o protocolo, cumprimentou antes das autoridades presentes em sua cerimônia de posse. Prometeu endurecer contra a classe política e citou Ulisses Guimarães: “não roubar, não deixar roubar e pôr na cadeia quem roube”. Sucesso aí, moça!
Porém, o que mais causou nestes dias foi a conclusão dos procuradores da República, de que Lula seria o líder do esquema de corrupção sistematizado no governo, visando a governabilidade, a perpetuação no poder e o enriquecimento ilícito. Não duvido. Mais difícil seria crer que alguém saiu limpo depois de andar tanto tempo nesse mar de lama da corrupção e dos conchavos governamentais.
Acho que Lula e Marisa são mesmo os donos do triplex e do sítio em Atibaia e que o PT usou muito caixa 2 para se manter no poder.
Mas isso é mera opinião pessoal. Conjecturas e suposições, que posso expressar sem medo por vivermos num País livre. Para transformá-las em acusação, eu precisaria de provas. E foi aí que o trabalho dos rapazes do Moro falhou. O Direito desconhece a força das convicções, exigindo evidência dos fatos para condenar alguém. A falácia de Dallagnol e seu power point infantil valeram muitos memes e risadas nas redes sociais, mas só serviram pra provar que esses meninos ainda têm muito o que aprender.
Texto publicado na minha coluna de 16/09 do Jornal Alô Brasilia. Esqueci de publicar aqui antes.