REGIÃO NORDESTE DO BRASIL ( Regiões do Brasil)
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Região Nordeste do Brasil
Localização
Região geoeconômica Amazônia e Nordeste
Estados
Nove estados[Expandir]
Características geográficas
Área (2013) 1 554 291,744 km²[1]
População (2015) 56 560 081 hab.[2]
Densidade 36,39 hab./km²
Indicadores
IDH médio (2010) 0,659 médio[3]
PIB (2013) R$ 722,809,000 mil[4]
PIB per capita (2012) R$ 11 044,59[4]
A Região Nordeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Possui área equivalente à da Mongólia ou do estado do Amazonas, população equivalente à da Itália e um IDH médio, comparável com El Salvador (dados de 2010). Em comparação com as outras regiões brasileiras, tem a segunda maior população, o terceiro maior território, o segundo maior colégio eleitoral (36 727 931 eleitores em 2010), o menor IDH (2005) e o terceiro maior PIB (2009).
É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no total): Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em função de suas diferentes características físicas, a região é dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata, tendo níveis muito variados de desenvolvimento humano ao longo de suas zonas geográficas.
A região Nordeste foi o berço da colonização portuguesa no país, de 1500 até 1532, devido ao descobrimento por Pedro Álvares Cabral e a posterior colonização exploratória, que consistia, em suma, na extração pau-brasil, cuja tinta da madeira era utilizada para tingir as roupas da nobreza europeia. Com a criação das capitanias hereditárias, foi fundada a Vila de Olinda, e, anos mais tarde, deu-se o início da construção da primeira capital do Brasil, Salvador, em 1549. Desde o início, foi criado o governo-geral no país com a posse de Tomé de Sousa. O Nordeste foi também o centro financeiro do Brasil até meados do século XVIII, uma vez que a Capitania de Pernambuco foi o principal centro produtivo da colônia e Recife a cidade de maior importância econômica.
1 História
1.1 Pré-história
1.2 Colonização europeia
História
Ver artigo principal: História da região Nordeste do Brasil
Pré-história
Ver artigo principal: História pré-cabralina do Brasil
A pesquisa arqueológica no Brasil surgiu mediante a curiosidade e os estudos dos exploradores, naturalistas, viajantes, botânicos, geólogos, e paleontólogos europeus. Nesse sentido, os registros científicos dessas diversas áreas confundem-se e complementam-se. De maneira geral, as numerosas informações arqueológicas existentes na bibliografia sobre o nordeste, até a década de 60, eram produtos de achados casuais e/ou de apressadas coletas de superfície.[5]
Os estudos arqueológicos no Nordeste brasileiro começaram sistematicamente no século XX, a partir da década de 60. Desde então, foram se constituindo núcleos de estudos nesta área, que têm hoje consolidado o reconhecimento nacional e internacional. A partir do avanço das pesquisas acerca da temática arqueológica nordestina em conjunto com desenvolvimento de novas tecnologias de datação, como por exemplo, o Carbono 14, pode-se ter noção do período das primeiras ocupações estabelecidas na região.[5]
Numerosos sítios no Nordeste são registrados sob a convencional denominação de Arte Rupestre. Gabriela Martín e André Prous apontam para a mais antiga referência a uma gravura rupestre, no Brasil, feita por Feliciano Coelho de Carvalho, na Paraíba, em 1598[6][7]. Para a Bahia, encontramos um documento do século XVIII, no Arquivo Histórico Ultramarino, que faz menção a locais com pinturas rupestres, com figuras humanas e de animais, encontradas durante uma viagem pelo interior do estado à procura de salitre.[5]
O território do Nordeste possui um enorme acervo de pinturas e gravuras realizadas sobre um suporte fixo pétreo, seja em abrigos, em paredões tipo cânion ou em afloramentos rochosos. Os grafismos foram localizados até o momento em quase todos os estados nordestinos. Os trabalhos sistemáticos de muitos arqueólogos que trabalham no Nordeste, nesse campo da Arqueologia, permitem hoje reconhecer unidades estilísticas que foram denominadas de tradições. Existem algumas variações localizadas, feitas sobre a estrutura temática das tradições que os arqueólogos chamam de subtradições. A distribuição de sítios dessas tradições varia de estado para estado, havendo em alguns, maior frequência de uma ou de outra. Por outro lado devemos considerar que ainda não foram esgotadas as possibilidades de achados e que alguns territórios poderão apresentar um patrimônio insuspeitado.[5]
Colonização europeia
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, Bahia, em 1500. A Região Nordeste foi palco do descobrimento do Brasil.
"A Primeira Missa no Brasil", por Victor Meirelles. A primeira missa em território brasileiro foi celebrada na Região Nordeste.
Ver artigo principal: Colonização do Brasil
O Nordeste era habitado desde a pré-história pelos povos indígenas do Brasil, que, no início da colonização, realizavam trocas comerciais com europeus, na forma de extração do pau-brasil em troca de outros itens. Mas, ao longo do período de colonização, eles foram incorporados ao domínio europeu ou eliminados, em decorrência das constantes disputas contra os senhores de engenho.
A região foi o palco do descobrimento durante o século XVI. Portugueses chegaram em uma expedição no dia 22 de abril de 1500, liderados por Pedro Álvares Cabral, na atual cidade de Porto Seguro, no estado da Bahia.
Foi no litoral nordestino que se deu início a primeira atividade econômica do país, a extração do pau-brasil. Países como a França, que não concordavam com o Tratado de Tordesilhas, realizavam constantes ataques ao litoral com o objetivo de contrabandear madeira para a Europa.
A costa norte do atual estado do Maranhão foi invadida pela França, na chamada França Equinocial. Os colonos franceses fundaram um povoado denominado de "Saint Louis" (atual São Luís), em homenagem ao soberano, Luís XIII de França. Cientes da presença francesa na região, os portugueses reuniram tropas a partir da Capitania de Pernambuco, sob o comando de Alexandre de Moura. As operações militares culminaram com a capitulação francesa em fins de 1615.