Entendendo Sorocaba através de um breve entendimento do corpo humano e seus sistemas.

Vamos começar de uma forma simples: imagine um corpo saudável. É, um corpo humano sadio em sua essência e natureza. Esse indivíduo se desenvolve com o passar dos minutos, passando pela infância, pré-adolescência e, logo, na adolescência. Esse indivíduo, ao completar 13, 14 anos, começa a ser facilmente influenciável por aqueles que vivem em seu círculo. Relembrando que estamos falando aqui de um indivíduo saudável, em sua fase de crescimento, no tumultuado agora. Por fim, as influências que esse indivíduo, esse adolescente, está a sofrer, são inúmeras – são influências sociais, midiáticas, virtuais, médicas, filosóficas, com mil hormônios para ajudar ou não, e aquela rebelião nos sistemas fundamentais que dependem das ordem emitidas pela caixa-preta corporal: o cérebro.

Vamos considerar agora que esse indivíduo é uma cidade. É nossa cidade, fundada por Baltazar Fernandes. Esse indivíduo se chama Sorocaba (não o cantor, por favor!). Então, Sorocaba é esse individuo adolescente que sofre com tantas influencias em seu meio e, cujos sistemas essenciais para o funcionamento equilibrado corporal, demandam ordens do cérebro, a prefeitura, e, para que essa prefeitura funcione, há necessidades essenciais de nutrição e educação desse cérebro, para que compreenda e responda automaticamente, antes mesmo que algum sistema mande sinais.

Pois bem. Compreendemos o funcionamento do corpo desse individuo.

Agora, vivemos a seguinte situação: esse individuo, com os milhares de hormônios e milhares de células, sofre influencias maiores, em diversos sistemas e subsistemas, veias, nervos... milhares de influencias e sinais que, podemos dizer que “deu ruim”. Se envolveu com drogas para ganho ou perda de massa, bebe para acompanhar os amigos, precisa manter as aparências e não apenas, viver o que era pra ser a melhor fase da vida. Precisa seguir as modas e tendências, senão sofrerá bullying dos “amigos” – os grandões que só sabem intimidar.

Então... Sorocaba é esse adolescente que sofre tantas influências. Como vamos lidar com isso? Depois de muito planejamento para que os familiares não fossem atrapalhados intencionalmente, ocorre a reunião em família sobre o futuro. Mas mesmo assim, Sorocaba está lá na rua, fumando seu cachimbo, curtindo os “estudos na casa dos amigos”, usando drogas para manter aparências. Esse individuo só tem 15 anos. Seus sistemas ainda estão em desenvolvimento. Seus órgãos estão em desenvolvimento. Seus cabelos estão crescendo. E vai se tornando mais próximo de graves problemas. A família ainda está discutindo frivolidades, deixando de lado, por ora, uma intervenção pelo seu futuro. Até que recebem um telefonema que lhes congela a espinha: Sorocaba deu entrada na UTI, por overdose. Os exames mostram tumores precoces formados em regiões do cérebro, e não se sabe se são benignos ou malignos ou pelo o que foram formados, mas há também o risco de aneurismas romperem; o fígado, arrebentado; o pâncreas, com pouca utilidade ainda; seus rins estão parando; seus pulmões estão necrosados (processo avançado de decomposição do tecido, no caso, músculo); o coração... Sorocaba já teve diversas paradas à caminho do hospital. Os médicos correm contra o tempo, mesmo que seja teoricamente impossível que sobreviva.

Todo esse tormento poderia ter sido evitado, com certeza.

Porém, existe um tratamento muitíssimo arriscado para manter Sorocaba com vida: transplantes gerais a cada 4 anos. Troca dos órgãos a cada 4 anos, vindos de doadores distintos mediante um simples “CONFIRMA”, que pode ajudar a estabilizar os sistemas e subsistemas ou piorar ainda mais. E então, durante os 4 anos decorrentes desse transplante, os novos órgãos vão se adaptando ou não, vão organizando o equilíbrio corporal ou não.

A cidade de Sorocaba é um gigantesco corpo com centenas de sistemas, mais de 500.000 células conhecidas como cidadãos, ainda em idade “adolescente” por suas ideias e ideais. Nos últimos 30 anos, essa cidade vem sendo alvo de bons e maus transplantes, tumores cerebrais malignos e benignos, mas que sempre retornam.

Precisamos falar sobre a importância da saúde política da nossa casa. Precisamos tirar os maus hábitos, deixar o ar entrar em seus pulmões. Precisamos cuidar dos nossos aneurismas antes que danifiquem todo o cérebro em conjunto com os tumores. Precisamos deixar a cidade saudável, não deixar que as influencias externas se metam no meio do processo de intoxicação.

Antes que o país mude, precisamos começar de dentro pra fora. Cada estado brasileiro é um sistema fundamental para o funcionamento do Brasil. É preciso cuidar do interior de cada sistema. Seus subsistemas.

Vamos evitar que os 4 anos sejam péssimos.

Mage
Enviado por Mage em 20/09/2016
Código do texto: T5766953
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