Para Melodia da Letra, outra letra de uma mesma melodia

Esta é uma "resposta" para o texto "A Cicatriz Das Coisas Boas Da Vida. - Uma Crônica Sobre Saudade": apenas um outro ponto de vista.

Mais uma vez, seu texto faz com que eu viaje profundamente nas coisas simples da vida. A descrição extraordinária sobre sentimentos do cotidiano que muitas vezes trás uma sensação impar a quem conhece o contexto real por trás das palavras.

Eu não diria que faria tudo de novo. Depois que tudo tem um certo tempo de ocorrido, temos uma visão mais ampla do quanto tudo nos custou: entre dívidas - das quais a facilidade de pagá-las dependerá exclusivamente de eu desenvolver a capacidade para tal - e lucros. Tendo essa melhor visão, consigo saber o posso ou não fazer novamente daqui pra frente e entender que a cicatriz é uma marca de batalha. Batalha essa que, sofrida, sobrevivi e aprendi com ela. O principal aprendizado, na minha humilde opinião, é saber como não fazer aquela cicatriz novamente. E o segundo é estar aberto a fazer novas outras. Diferentes, em diferentes lugares, de formas diferentes, mas nunca mais a mesma cicatriz, nunca mais no mesmo lugar, nunca mais da mesma forma. Eu... não faria tudo de novo.

Pelo menos não com as mesmas pessoas, não as mesmas situações. A cicatriz serviu pra mostrar na pratica o já deveríamos saber que não deveríamos ter feito... ou deveríamos. As vezes só saber que aquilo não é pra se fazer não basta, afinal, não custa tentar. Alias, idiotice não tentar. Vai parecer até contraditório, mas também é idiotice desistir. Mas a cicatriz fica pra mostrar que da forma que foi feita, aquela coisa não dá certo. Podemos tentar algo diferente, novo... menos doloroso.

Então, eu... não faria de novo... faria NOVO.

Raymond Scott Freeman
Enviado por Raymond Scott Freeman em 20/09/2016
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