A pressa e o imediatismo .

Cada um tem um ritmo de fala e de pensamento que deve ser respeitado, e que nada tem a ver com a inteligência, ou lentidão de raciocínio , absolutamente nada, os estudos apontam que a mente é quatro vezes mais rápida que a boca, por isso podemos falar com fluência , construindo períodos compostos e frases de improviso, com desenvoltura, ou até como os repentistas do sertão, fazendo suas trovas nas feiras livres e arrancando risadas do pessoal.

Tenho um ritmo tranquilo e um tom de voz sereno, pois isso está em mim, e quando estou com pessoas imediatistas, confesso que fico aflito. Algumas pessoas tentam completar a frase que estamos fazendo, simplesmente pela impaciência, pela pressa, ou ficam naquele hum, hum...hã, hã...que irrita, é como se estivessem te falando; "anda logo que estou sem saco".

Alguns pedem uma data pra tudo: " preciso de uma data", e se eu não a tiver , como fica ? " Eu preciso de uma data para te dar uma data, está bom assim ?". Objetividade não é imediatismo, pronto , acabou !

Algumas propagandas da TV me deixam nervoso, são gritadas, com falas rápidas, como aquelas de "shop não sei que lá...", geralmente de lojas que pagam por minuto, são horríveis, e troco de canal, ( aliás , o controle remoto queima na minha mão).

Falar e deixar falar, com calma, com objetividade, clareza, pontuando corretamente é muito bom, a comunicação fica fácil, olho nos olhos, tudo ajuda muito. O dia é longo, pra que correr tanto...pra tirar o pai da forca ? Não faz sentido, pois amanhã estará de novo no cadafalso, e pronto, a vida é assim.

Alguns dizem : "Eu não perco tempo, detesto, sou objetivo, porque sou de libra, ou de aquário, não tenho paciência pra gente lerda...", e sai vomitando bobagens pelo mundo afora, carimbando as pessoas, como se as demais opiniões fossem "nada" perto da sua. "Stop again", o respeito é fundamental, muitas vezes nos surpreendemos , as pessoas mais simples nos oferecem grandes pensamentos, e precisamos nos permitir aprender, ouvir sempre, isso é praticar o exercício da humildade, pois sem isso não se vive em sociedade.