A Lucy caiu da árvore e não me pergunte o que ela estava fazendo lá em cima. Coitada, quebrou vários ossos, sofreu feridas internas e acabou morrendo. Esta é a palavra dos especialistas.
Para quem não conhece a distinta senhora, ela é uma Australopithecus afarensis e viveu há mais de 3,18 milhões de anos. A querida Lucy não é nada mais, nada menos, do que uma de nossas antepassadas, e bota “ante” nisso aí. A respeito do que ela estava fazendo por ocasião do terrível acidente, minha primeira hipótese é de que ela estava verificando a extensa paisagem para ter certeza de que nenhum predador estava chegando. Muito nobre, cuidando de seus filhos. Talvez, também bastante nobre, estivesse colhendo frutos para poder propiciar uma dieta saudável para a família.
Alguns duvidam desta teoria - de que ela caiu da árvore - e dizem ser impossível fazer esta afirmação. Eu, porém, acredito nos cientistas. Sempre gostei deles e acho que, quando falam alguma coisa, baseiam-se em bastante pesquisa. É claro que, por outro lado, pode-se dizer que é uma afirmação audaciosa. Não queria fazer trocadilhos, mas “macacos me mordam”, esses especialistas vão mesmo a fundo nas pesquisas. Por outro lado, aqui também se aplica a expressão “cada macaco no seu galho”. Os cientistas fazem ciência e nós, pobres cronistas, apenas escrevemos histórias.
No fundo mesmo, o que me preocupa é que existem pobres coitados que acabaram de morrer e ninguém sabe qual foi o motivo. Na verdade, ninguém ficou sequer sabendo que eles morreram. Dependendo do local, mesmo sem ser cientista, eu diria que foi por causa de uma bala perdida ou de uma briga.
A Lucy não tinha celular, nem Facebook, nada disso. A danadinha, no entanto, conseguiu, mais de 3 milhões de anos depois, ter mais cliques na Internet que muita “Kardashian” por aí...