CARTAS E COMENTÁRIOS.

Epístolas são célebres na história, e comentários se inserem na construção das ideias. Dessas trocas nasceram nossas amizades no site, Lúcia e Bernard, valiosas por serem francas.

Com a “Sétima Carta” do amigo Bernard, crônica de nomeada como sua obra, me escusei de ter retirado o artigo do Kanitz que está antes recolocado. Fiquei sabedor do ocorrido, que Bernard escrevera longo comentário e quando foi publicar já não constava o que eu tinha lançado. Mas resto exculpado.

Sem me vitimizar, como usual em nossos dias, credito à sanha do desgaste a retirada deste e muitos outros artigos meus, a pensar, “para quê ?”.

A escola de nossos dias é do cinismo e do teatro, ou de uma tão vasta ignorância que nos imputa ser dessa mesma alçada nossa apreensão, como todos vemos.

Incomoda ver essa cenografia e medir os artistas, considerar então seria também mais do que cinismo. Não se considera um mar de água absolutamente salgada, todas arrastando em força incalculável uma tsunami de lógica, denominador comum dos pretórios, quando a infantilização retórica itera em repetência gastas e trêfegas palavras em uma história rota e conhecida que pretende neutralizar o sal com um copo de água doce, mesmo assim, nessa pequenez, salobra.

Me desculpei por não saber que já tinha lido e feito longo comentário o Bernard. Não sei se você também Lúcia, e se ocorrido adito o mesmo. Meu respeito e admiração por vocês só eu conheço e a dimensão é incompatível para colocar nesses textos que trocamos. Seriam espaços diminutos.

De forma alguma, se soubesse que tinham interesse na permanência e já teciam apreciações retiraria. Retirei outros artigos com comentários já elaborados, e isso é usual, o que tenho de retiradas implica em ao menos metade do que está e permanece publicado. Abaixo o comentário de Lúcia ao Bernard e o meu à “Sétima Carta”. Abraços.

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Lucia Constantino.

Boa noite, meu amigo. Eu também tinha gostado demais do texto do sr. Stephen Kanitz - pena que nosso amigo o retirou do ar. Não lembro se o comentei, mas eu tinha lido e gostado. Meu amigo, para se pedir desculpas, tem que se ter consciência. Consciência, humildade, integridade de caráter. Algumas virtudes raras por aqui nessas terras. Acima de tudo, uma consciência de que o outro merece respeito, consideração. De seguir a máxima de tratar o outro como a gente gostaria de ser tratado. Mas isso, por aqui, ainda é raro... é sonho. Também gosto de cartas, meu amigo. E ler você sempre é muito bom, porque passeamos por suas letras e vamos descortinando horizontes com sua lucidez e sabedoria. --- Um grande abraço de boa noite, na Paz e no Bem.

14/09/2016 22:57 - Celso Panza

Dileto amigo Bernard, desculpe ter retirado o artigo fabuloso da aula didática objetiva que nos deu o lente Kanitz. Fiz com muitos outros artigos. Retiradas, um tanto enfarado, ou muito, com tudo que cerca o que vivemos. Por um acaso hoje, essa formidável garotada do MP Federal dá notícia-crime do que eu sempre disse: "Vão para o buraco". De alguma forma vão. Acaba a empáfia, ao menos, a justiça não é só o Talião,o algoz que dá o troco em celas ou forçosas restrições, é também amargar fel quando se está lambuzado de mel e se pensa ser o campeão de um pódio permanente ufanista. É outro o pódio hoje, agora apontado com veemência e farta adjetivação. Isso não descola. Se fosse calúnia diria Beaumarchais, caluniai , caluniai, caluniai, alguma coisa sempre fica. Mas é calúnia ou é a realidade do "domínio do fato"? E haveria um "E eu falhei com vocês" do assessor de Bush? Lógico que a egolatria não permitiria, mas seria para um inteligente a saída histórica a dizer, eu tentei melhorar para todos, os caminhos foram errados. Um abraço. Disponível para a nossa interlocução prazerosa e amiga. Celso

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/09/2016
Reeditado em 15/09/2016
Código do texto: T5762290
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