MORTE NO VELHO CHICO
E estou triste com o passamento do ator da Globo, aqui na minha Terra, no meu Sergipe. Canindé linda e brejeira o enfeitiçou, se apossou do ser. As águas do Velho Chico tragaram sua vontade de viver, forçou-o a um descanso eterno inesperado. E o ator se foi, e com ele se foi o homem, o pai, o marido, o irmão e o amigo querido. 
A morte é assim, se faz de amiga, vem de mansinho e  conclui nossa história  de repente. Acabam os sonhos, as vontades. As metas são interrompidas, os objetivos deletados. Fica a saudade, a nostalgia, aquele sentimento martirizante que teima em nos atingir, com os porquês daquilo que não foi dito, da despedida que não aconteceu, do beijo não dado, do abraço abortado, do pedido de perdão esquecido.
Hoje a tarde as águas foram inclementes e Chico cruel. Empobreceu o teatro, o circo perdeu seu astro e as novelas, o encanto. O Santo se foi sem dizer um até logo, um tchau, um adeus. Pegou uma estrada diferente, um atalho, queria chegar logo, porque agora o Céu é seu limite. Descanse em paz, Domingos Montagner. 
---------Homenagem póstuma ao querido ator, falecido hoje a tarde tragado pelas águas do Velho Chico.
 15.09.2016
Educadora Cris Souza
Enviado por Educadora Cris Souza em 15/09/2016
Reeditado em 29/10/2016
Código do texto: T5762273
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