Quando Deus fecha a porta, é porque já vai decolar.

Nascemos em uma terra que "tem palmeiras onde cantam os sabiás” e que, teoricamente, deveria ser nossa pátria amada. Mas se a considerarmos pelo menos nossa pátria já está de bom tamanho, visto que nossa terra mãe está mais para madrasta.

A cada dia afundamos mais no buraco verde e amarelo das corrupções econômicas, morais, sociais e éticas, no qual já nos encontramos há muito tempo. Corrompem nosso dinheiro, nossas oportunidades e o restinho de esperança que possuímos, nos sobrando apenas três coisas: canetas, cadernos e interrogações.

Através do estudo e dos questionamentos, brasileiros vêm no exterior as oportunidades e a esperança que lhes foram tomadas, e visam garanti-las para os seus filhos. Quanto maior o nível de graduação, mais roupas são necessárias nas malas.

Não é de se admirar que um doutor em algo não se ache facilmente em qualquer lanchonete por aqui, eles provavelmente preferem croissants, spaghettis, chucrutes, ovos ou bacon, e eu não os culpo por não se apegarem ao nosso pão-de-queijo. Nosso cérebros fogem, pois aqui não encontram uma caixa craniana que os sustentem.

Giulia Loverra