A CASA CAIU...
O mundo contemporâneo vive uma crise sem precedentes por conta de um velho mal social que nos últimos tempos tem se tornado a bola da vez no nosso país.
Implacavelmente, esse mal tem obrigado os homens públicos de nosso país, justamente aqueles que têm o condão de decidir pelo povo que vive na dependência de sua “ajuda” política e social, a não administrar seus interesses pessoais e profissionais mais singelos, sem prescindir das benesses que esse mal social, por vezes, lhes proporciona no seu dia a dia. E, mais uma vez, a casa caiu, por conta dos efeitos “maléficos” desse mal social.
Esse mal social a que me refiro, ele não é novo, o povo convive (pacificamente) com ele no seu dia a dia, não consegue viver sem ele e o trata pelo nome “popular” de corrupção.
Afinal, o que é corrupção?
De uma forma simplificada podemos defini-la como o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos.
Esse termo "corrupção", na sua nascente, surgiu do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo.
A ação de corromper também pode ser entendida como o resultado de subornar, oferecendo dinheiro ou presentes para alguém em troca de benefícios especiais de interesse próprio.
A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, sendo considerada grave crime em alguns países. Aqui, no Brasil, por incrível que isso possa parecer, está tramitando um projeto de lei que passa a considerar a corrupção um crime hediondo, conforme previsto no decreto federal que regulamenta a Lei nº 12.846/13, que pune os acusados com pena entre 4 a 13 anos de reclusão, sem direito a pagamento de fiança para serem libertados, indultos ou anistia.
Em que pese o esforço despendido neste sentido, esta medida ainda está longe de ser o principal instrumento repressor desse mal social, pois mesmo com leis aparentemente muito severas para combate-lo, o Brasil continua sendo um dos países com grandes escândalos envolvendo desvios de dinheiro público, subornos e demais ações de corrompimento.
Um dos casos mais conhecidos de corrupção no Brasil foi o chamado Mensalão, que foi denunciado no ano de 2005 pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), como um esquema de pagamentos de propinas a deputados, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), feitos mensalmente para favorecer interesses político-partidários, e mais recentemente o Petrolão, ainda em fase de apuração dos principais envolvidos.
Geralmente, a pratica da corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade em que vivemos, que muitas vezes compactua com os sistemas corruptos, fazendo vistas grossas, em alguns casos, ou os ignorando completamente, em situações mais complexas.
O tipo de corrupção mais badalada na mídia contemporânea é o da política partidária, envolvendo os seus agentes principais e secundários, setor onde sempre houve muito apadrinhamento e conchavos para se obter a tal governabilidade.
Nessa seara de assunção e efetiva manutenção do poder não importa os interesses da sociedade, desde que os interesses pessoais e partidários dos envolvidos sejam atendidos e com isso vem a briga pela distribuição de cargos públicos, comissionamentos e outras benesses.
Ainda que de uma forma bem discreta, a corrupção pode estar presente em todos os poderes do governo, como o Legislativo, Judiciário e Executivo e ela também está presente nas relações sociais humanas, como o trabalho, nas instituições públicas e privadas, nas escolas e nos diversos escalões do mundo esportivo.
No nosso cotidiano todos nós falamos desse mal social com muita propriedade e até com certa desenvoltura, mas para que ele se configure são necessários, no mínimo, dois atores: o corruptor e o corrompido, além do sujeito conivente e o sujeito irresponsável, em alguns casos.
Em sendo o corruptor aquele indivíduo que propõe uma ação ilegal para benefício próprio, de amigos ou familiares, sabendo que está infringindo a lei, ele necessita da participação efetiva do corrompido, que é o indivíduo que aceita a execução da ação ilegal em troca de dinheiro, presentes ou outros serviços que lhes beneficiem e este indivíduo também sabe que está infringindo a lei.
Entre o corruptor e o corrompido há a participação do conivente que é o indivíduo que sabe do ato de corrupção, mas não faz nada para evitá-lo, favorecendo o corruptor e o corrompido, sem ganhar nada em troca. O indivíduo conivente também pode ser autuado e acusado no crime de corrupção, segundo prevê o artigo 180 da Convenção Federal do Brasil.
Ainda nos meandros de convivência dos integrantes deste mal social há outro figurante denominado irresponsável que é alguém que normalmente está subordinado ao corrompido ou corruptor e executa ações ilegais por ordens de seus superiores, sem ao menos saber que esses atos são ilegais. O sujeito irresponsável age mais por amizade do que por profissionalismo.
A corrupção ainda pode significar o desvirtuamento e a devassidão de hábitos e costumes, tornando-os imorais ou antiéticos, na maioria dos casos.
A questão da corrupção no Brasil é muito antiga, remonta desde a época em que ele era uma simples colônia de Portugal e nos dias de hoje ela é bem mais profunda do que possamos imaginar.
Como se fosse uma onda popular nova, nos últimos tempos tem havido um esforço desmedido por parte de alguns setores da nossa justiça, visando ao esclarecimento o mais rápido possível de alguns fatos mais marcantes, envolvendo os corruptores e os corrompidos, mas apenas uma pequena parte dos casos levantados são levados a sério e, consequentemente, apenas e tão somente esses fatos são levados a público com a ênfase que cada caso requer em particular.
Nos dias atuais, já há quem diga que a corrupção faz parte da nossa cultura social, com o que não concordo, mas se pararmos para pensar, veremos que ainda que seja de modo inconsciente, somos nós quem financiamos a conta da corrupção, uma vez que os homens públicos corruptos sempre visaram a atacar o erário que, em última análise, é o dinheiro dos tributos que pagamos e que é disponibilizado para a manutenção da sociedade como um todo e, por extensão, ele é usado para a efetiva manutenção das contas dos corruptos em geral nos paraísos fiscais.
Em tese, a corrupção só existe entre as pessoas porque elas permitem que esse mal social se prolifere entre os seus pares. Assim, se ficarmos inertes, só reclamando de quem a pratica, sem nada fazermos para mudar esse quadro, apenas iremos ouvir, mais uma vez, as mesmas pessoas falando nos corredores das escolas, nos bares, nos transportes coletivos, nas reuniões de amigos, etc., que nosso país não tem mais jeito e que mais uma vez a casa caiu... para fulano, beltrano e sicrano, sendo que isso não tem nada a ver comigo, nem com meus familiares, amigos e conhecidos mais próximos.
Será que não, mesmo?!
O mundo contemporâneo vive uma crise sem precedentes por conta de um velho mal social que nos últimos tempos tem se tornado a bola da vez no nosso país.
Implacavelmente, esse mal tem obrigado os homens públicos de nosso país, justamente aqueles que têm o condão de decidir pelo povo que vive na dependência de sua “ajuda” política e social, a não administrar seus interesses pessoais e profissionais mais singelos, sem prescindir das benesses que esse mal social, por vezes, lhes proporciona no seu dia a dia. E, mais uma vez, a casa caiu, por conta dos efeitos “maléficos” desse mal social.
Esse mal social a que me refiro, ele não é novo, o povo convive (pacificamente) com ele no seu dia a dia, não consegue viver sem ele e o trata pelo nome “popular” de corrupção.
Afinal, o que é corrupção?
De uma forma simplificada podemos defini-la como o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos.
Esse termo "corrupção", na sua nascente, surgiu do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo.
A ação de corromper também pode ser entendida como o resultado de subornar, oferecendo dinheiro ou presentes para alguém em troca de benefícios especiais de interesse próprio.
A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, sendo considerada grave crime em alguns países. Aqui, no Brasil, por incrível que isso possa parecer, está tramitando um projeto de lei que passa a considerar a corrupção um crime hediondo, conforme previsto no decreto federal que regulamenta a Lei nº 12.846/13, que pune os acusados com pena entre 4 a 13 anos de reclusão, sem direito a pagamento de fiança para serem libertados, indultos ou anistia.
Em que pese o esforço despendido neste sentido, esta medida ainda está longe de ser o principal instrumento repressor desse mal social, pois mesmo com leis aparentemente muito severas para combate-lo, o Brasil continua sendo um dos países com grandes escândalos envolvendo desvios de dinheiro público, subornos e demais ações de corrompimento.
Um dos casos mais conhecidos de corrupção no Brasil foi o chamado Mensalão, que foi denunciado no ano de 2005 pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), como um esquema de pagamentos de propinas a deputados, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), feitos mensalmente para favorecer interesses político-partidários, e mais recentemente o Petrolão, ainda em fase de apuração dos principais envolvidos.
Geralmente, a pratica da corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade em que vivemos, que muitas vezes compactua com os sistemas corruptos, fazendo vistas grossas, em alguns casos, ou os ignorando completamente, em situações mais complexas.
O tipo de corrupção mais badalada na mídia contemporânea é o da política partidária, envolvendo os seus agentes principais e secundários, setor onde sempre houve muito apadrinhamento e conchavos para se obter a tal governabilidade.
Nessa seara de assunção e efetiva manutenção do poder não importa os interesses da sociedade, desde que os interesses pessoais e partidários dos envolvidos sejam atendidos e com isso vem a briga pela distribuição de cargos públicos, comissionamentos e outras benesses.
Ainda que de uma forma bem discreta, a corrupção pode estar presente em todos os poderes do governo, como o Legislativo, Judiciário e Executivo e ela também está presente nas relações sociais humanas, como o trabalho, nas instituições públicas e privadas, nas escolas e nos diversos escalões do mundo esportivo.
No nosso cotidiano todos nós falamos desse mal social com muita propriedade e até com certa desenvoltura, mas para que ele se configure são necessários, no mínimo, dois atores: o corruptor e o corrompido, além do sujeito conivente e o sujeito irresponsável, em alguns casos.
Em sendo o corruptor aquele indivíduo que propõe uma ação ilegal para benefício próprio, de amigos ou familiares, sabendo que está infringindo a lei, ele necessita da participação efetiva do corrompido, que é o indivíduo que aceita a execução da ação ilegal em troca de dinheiro, presentes ou outros serviços que lhes beneficiem e este indivíduo também sabe que está infringindo a lei.
Entre o corruptor e o corrompido há a participação do conivente que é o indivíduo que sabe do ato de corrupção, mas não faz nada para evitá-lo, favorecendo o corruptor e o corrompido, sem ganhar nada em troca. O indivíduo conivente também pode ser autuado e acusado no crime de corrupção, segundo prevê o artigo 180 da Convenção Federal do Brasil.
Ainda nos meandros de convivência dos integrantes deste mal social há outro figurante denominado irresponsável que é alguém que normalmente está subordinado ao corrompido ou corruptor e executa ações ilegais por ordens de seus superiores, sem ao menos saber que esses atos são ilegais. O sujeito irresponsável age mais por amizade do que por profissionalismo.
A corrupção ainda pode significar o desvirtuamento e a devassidão de hábitos e costumes, tornando-os imorais ou antiéticos, na maioria dos casos.
A questão da corrupção no Brasil é muito antiga, remonta desde a época em que ele era uma simples colônia de Portugal e nos dias de hoje ela é bem mais profunda do que possamos imaginar.
Como se fosse uma onda popular nova, nos últimos tempos tem havido um esforço desmedido por parte de alguns setores da nossa justiça, visando ao esclarecimento o mais rápido possível de alguns fatos mais marcantes, envolvendo os corruptores e os corrompidos, mas apenas uma pequena parte dos casos levantados são levados a sério e, consequentemente, apenas e tão somente esses fatos são levados a público com a ênfase que cada caso requer em particular.
Nos dias atuais, já há quem diga que a corrupção faz parte da nossa cultura social, com o que não concordo, mas se pararmos para pensar, veremos que ainda que seja de modo inconsciente, somos nós quem financiamos a conta da corrupção, uma vez que os homens públicos corruptos sempre visaram a atacar o erário que, em última análise, é o dinheiro dos tributos que pagamos e que é disponibilizado para a manutenção da sociedade como um todo e, por extensão, ele é usado para a efetiva manutenção das contas dos corruptos em geral nos paraísos fiscais.
Em tese, a corrupção só existe entre as pessoas porque elas permitem que esse mal social se prolifere entre os seus pares. Assim, se ficarmos inertes, só reclamando de quem a pratica, sem nada fazermos para mudar esse quadro, apenas iremos ouvir, mais uma vez, as mesmas pessoas falando nos corredores das escolas, nos bares, nos transportes coletivos, nas reuniões de amigos, etc., que nosso país não tem mais jeito e que mais uma vez a casa caiu... para fulano, beltrano e sicrano, sendo que isso não tem nada a ver comigo, nem com meus familiares, amigos e conhecidos mais próximos.
Será que não, mesmo?!