Licor maravilhoso

Uma das características mais abomináveis dos cortesãos golpistas é o cinismo, desfaçatez e subserviência. Precisam a todo instante mostrar serviço.

Contam que dia dessesoestado-maior estava no Alvorada num almoço para acertar odescolamento de Cunha. Acomida era horrível, sem imaginação, aquele gororoba sem gosto nenhum, mas alguns dos convivas repetiam o prato para agradar ao chefe.

Depois do almoço, após acertarem a última pá deterra no morbundo colega de golpe, serviram o cafezinho, chôco, requetado, quase frio, mas ninguém chiou. Chegou a vez do cálice de licor. O mordomo cometeu entao uma gafe, em vez de pegar a garrafa de licorde jenipapo, resente daquele amigo do chefe lá de Santos, citado numa deleção, pegou a garrafa do lambedor, uma garrafada amargosa feita de cascas de frutas, que o chefe toma para uma velha bronquite. O primeiro que tomou um cálice de lambedor foi o Roliço rebelde que ACM chamava de Geddel vai as compras, tomou e elogiou: - Duvido que na Hahiafaçam um licor arretado como este. Foi a vezde Jucá, aquele que numa gravação faosa comparou a Lava Jato a "essa porra", lambeu os lábiose emendou de primeira: -Nao tem Cointreau que chegue perto. Serra, o entreguista-mor,ainda traumatizado com o copo devinho que Katia jogou em sua cara, disse cínico: - É muito mais gostoso d que um licor especial que Paulo Preto me presenteou.Padilha, o sipático, que ACM fazia uma rima arretadacomo seu sobrenome, tomou,lambeu osbeiços e proclamou: "Aí do Amarula, este este é divino.Foia vez de Mendoncinha que não recisa fzer careta quando toma algo amargosa porque vive eternamente fqazendo caretas, é azedo, tomou e deu uma de conhecedor de licor:- Vou aconselhar Frota e Reis a incluir napauta da educaçãoque elaboraram oestudo e análise deste licor, sem dúvida feito por quem entende da nossa cultura. O gatinho angorá, apelido recebido de Brizola, comentou após estalar a língua:- Ínclito chefe, o senhor devia racionar esse licor formidável. Estava presente tamabém o marechal Bruto (apelido do listão famoso), estrategista da defesaque nao conseguiu concluir o curso de psicologia, o cara mais chato e pretensioso do Brasil, o Jungman, foi logo discorredo sobre licor, ma arte pernambucana, concluindo: - Gilberto Freire gostava de fabricar licor e nao dava areceitaa ninguém, mas iria ficarcom inveja de quem fez este locor que tomanos,é um maná dos deuses. Seguiu-se outros elogios, até que o chefe tomouo seu cálice e reconheceu o gosto do lambedor, ficou ravo e de dedo em riste chamou à atenção do mordomo: - Você teve o desplante de desperdiaçar meu lambedor para bronquite,seu incompetente, e retiou-se para brincar com ochachorro robô que fala chinês. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/09/2016
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