Escravidão
Quando se fala em trabalho escravo, imediatamente, vem à mente os operários da indústrias chinesas e os trabalhadores na fazendas de sisal, em regiões semiáridas. Historicamente, na Inglaterra, do século XIX, famílias inteiras trabalhavam em indústrias, na Terra da Rainha, para compor um salário capaz de sustentar cada grupo familiar.
Essa análise é parcial e facciosa, pois sempre é esquecido o artista da televisão brasileira: uma antiga apresentadora, de uma rede televisa, era obrigada a pegar taxi todos os dias, a todo momento, e há quem diga que foi daí que surgiu a ideia do UBER, em terras tupiniquins. Uma outra emissora, passava de “pai”, para “filho”, num desgastante processo dinástico, programas dominicais.
Todos já viram a chamada: -Você acha pouco esse programa, apenas duas vezes por semana?
-Nós também achamos, e ele passará a ser exibido quatro vezes por semana. Esse não é um programa nacional, mas como cansa os brasileiros, e deve cansar os participantes, protagonistas do mencionado show.
Artistas, que surgiram nos primórdios da televisão no Brasil, ainda, estão na ativa, gagás e decrépitos, mas ainda na ativa.
Sem consideração nenhuma pelo profissional, alguns canais, donos de apenas cinco, ou seis programas, repetem, exaustivamente, cada um desses programas, sete ou oito vezes por dia, o que nos leva a perguntar, onde estão as leis trabalhistas?
Por vezes afirmam que vale a pena ver de novo, isso cheira à pesquisa do IBOPE...você já foi consultado, alguma vez, se vale mesmo a pena ver de novo? E assim, lá vem de novo “gatinhas” da década de 70, literalmente, do século passado, e do sistema tubo de televisão, a decorar as novas televisões de plasma. A magia da televisão as conservam, mas somos conscientes de que são, atualmente, senhoras da terceira idade, que fazem excursões a Poços de Caldas, e frequentam bailes...da terceira idade, claro que aquelas que mantém disposição para frequentar bailes vesperais, no domingo.
Dizem que controladores do ativo fixo em museus, já colocaram etiquetas, por engano é claro, em heróis e heroínas que visitavam o museu; já ouvi desmentidos, mas como a arqueologia sempre nos reporta a etiquetas, a dúvida sempre estará presente... ou passado, sei lá.
Mas para não fugir do tema central, a longevidade dos artistas, trabalhando, é maldade, afinal, em qualquer outra profissão, a aposentadoria compulsória chega com os setenta anos