DE VOLTA A GURUP

DE VOLTA A GURUPÁ

Distrito de Promissão, uns 25 km, 500 habitantes, via de acesso em boa condição, já que é conservada pela concessionária da Rondon.

Na década de sessenta, com a população três vezes mais, esse bairro é que elegia o prefeito. O candidato indicado pelos caciques do bairro recebia o grosso dos votos. Um dos caciques era Gonçalo Peres Dias que foi vice-prefeito e dá o nome à via de acesso. Era conhecido como o Rei de Gurupá.

Certa ocasião um sitiante daí convidou todo mundo da agência do BB de Promissão para a festa junina. Ninguém quis enfrentar à noite fria, estrada de terra, ainda num sábado. Fomos o José Pereira e eu, com a família. Fui convidado para rezar o terço. Nem tinha o Rosário nem sabia como proceder. Fiz apenas uma breve preleção e oramos a Ave Maria, O Pai Nosso, só. Minha oração não foi ouvida por quem de direito. Esse sitiante fugiria poucos meses após, deixando muita dívida, inclusive no banco.

Gurupá tem uma pequena e bela igreja. Mas está sem titular. A igreja de Promissão é que presta assistência religiosa, deslocando um religioso.

Outra lembrança insólita foi o que ocorreu quando estudante de Direito em Bauru. Colega me disse ser vereador em Garça e tinha ganho o cartório de Gurupá. Perguntou-me se não conhecia alguém que pudesse ser o oficial, uma vez que ele não podia deslocar-se de sua cidade. Indiquei um patrício que tinha um bar. Passados uns anos, o patrício compareceu no banco para despedir-se. Tinha sido transferido para um cartório de uma cidade bem maior próxima à capital, todo feliz.

Hoje o titular é João Antônio Manfré.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 10/09/2016
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