Mensagens que edificam - 236

"O conceito de salvação e perdição dos evangélicos"

Moravam numa mesma rua duas pessoas, as quais serão apresentadas por pseudônimos. A primeira, chamaremos de Sr. Arnolfo, um homem de meia idade, casado, marido fiel à sua esposa, pai de dois filhos que o tem como herói, bom vizinho, exemplar colega na empresa onde trabalhava, na escola onde estudou e se formou foi referência de desempenho e comportamento, enfim o Sr. Arnolfo era o protótipo de um homem que beirava a perfeição, entretanto nunca gostou de se envolver com religião, nunca frequentou igreja e as poucas vezes que foi, isto ocorreu para não ser indelicado com um pastor que morava nas proximidades e sempre insistia para que ele comparecesse nos cultos, inclusive na última vez que ele lá esteve foi feito o apelo para que ele se arrependesse dos seus pecados (pecados???) e levantasse a sua mão aceitando a Jesus como Salvador, o que não ocorreu. Apesar de ser um homem íntegro e um cidadão de reputação ilibada, o Sr. Arnolfo não sentia a mínima necessidade de se envolver com religiosidade. Certo dia, retornando do serviço para casa, num cruzamento perigoso, por uma pequena distração, o bom homem não percebeu um carro que não respeitou o sinal vermelho atingindo o seu veículo em cheio. O Sr. Arnolfo não resistiu a violência do impacto e teve morte instantânea. No velório, ao som de muito choro, lamentações e muita tristeza, pode-se ouvir o pastor falando com a viúva que na semana anterior quando o Sr. Arnolfo esteve na igreja pela última vez, o apelo foi feito e ele endureceu o coração, não aceitando a Jesus para perdoar os seus pecados (pecados???), e sendo assim era lamentável ter que dizer que ele desperdiçou a chance de ser salvo.

Nesta mesma rua morava uma outra pessoa, se é que vale a pena ser chamada de pessoa, a qual tinha uma reputação totalmente avessa a do Sr. Arnolfo, e era conhecido por Zé Capêta. Dono de uma extensa lista criminal, a qual estavam incluídos sequestros, assaltos a mão armada, furtos em residências e estabelecimentos comerciais, raptos, assassinatos, e até estupro coletivo de uma família, incluindo crianças e idosas. Por onde esta criatura passava o ambiente ficava carregado pela simples presença de um sujeito tão mal. Zé Capêta já havia cumprido longos anos de cadeia pelos crimes praticados, mas recebeu o indulto do dia dos pais para sair da penitenciária por um fim de semana e logo retornar. Não resistindo o prazer por praticar o mal, resolveu assaltar um banco, e durante o assalto houve um confronto com a polícia culminando com um acirrado tiroteio em que ele foi alvejado. Levado para o hospital, a junta médica disse que não seria possível preservar sua vida e que em poucas horas ele morreria. Morador das proximidades o mesmo pastor acima citado compareceu à UTI para falar com Zé Capêta pela última vez, e é claro, não perdeu a oportunidade de perguntar ao excremento humano se ele não gostaria de aceitar a Jesus como Salvador, tivesse todos os seus pecados perdoados, e assim obtivesse a salvação e o direito de entrar no céu. Zé Capêta não pensou duas vezes e com dificuldade levantou a sua mão. O pastor deu um grito de Aleluia tão alto que foi ouvido até fora do hospital. Ao chegar à recepção disse à todos que Zé Capêta se rendeu a Jesus e foi salvo.

E o Sr. Arnolfo?

Este endureceu o coração e segundo o pastor, provavelmente foi condenado à perdição eterna.

O que você acha disso?

Faça tudo de mau que puder fazer a vida inteira, e no final levante a sua mão e sua ficha fica limpa na hora.

Este é o conceito de salvação e perdição de acordo com os evangélicos.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 07/09/2016
Reeditado em 08/09/2016
Código do texto: T5753719
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