VIOLÊNCIA POLICIAL, APAGAR O FOGO COM GASOLINA

Na ditadura militar os grupos insurgentes nasceram como reação ao endurecimento do regime, na lei da física onde toda a ação corresponde a uma reação igual e contrária. O que estamos vivenciando é uma desmedida violência policial contra manifestantes em seu pleno direito de cidadãos, o de protestar, conforme nos assegura a Constituição Federal. Cabe aos policiais acompanharem as manifestações e não darem causa aos abusos frequentemente registrados. Assinalamos um atropelamento por uma viatura policial de um dos manifestantes de forma assassina, assim como a perda de um olho de uma jovem por estilhaços de artefatos desferidos por policiais. Situações que só alimentam e recrudescem a resistência popular, engrossando o movimento. Vivemos um período preocupante e atípico em nossa vida civil, temos um mal explicado e controverso processo de Impeachment que cheira a GOLPE Constitucional parlamentar, além da intervenção casuística de um vice com um programa colocado goela abaixo da Nação que nada tem a ver com o apresentado nas legítimas eleições de outubro de 2014. Esperar que setores conscientes de seus direitos se conformem com esta situação, principalmente à base de violência, é no mínimo surreal e arbitrário. Estamos reeditando um passado tenebroso, de 52 anos atrás, onde o regime se fechou sobre a sociedade, e deu no que deu, 21 anos de obscurantismo e repressão.