Cheguei a conclusão que falar da História é se apaixonar.

Cheguei a conclusão de que falar da História é se apaixonar.

Porque você encontra nela todos os defeitos e beleza que um grande amor requer.

Como partir rumo ao desconhecido em barcos à vela, homens armados, marinheiros rudes e audazes, mantimentos racionados, água racionada, sem saber o que se encontraria?

Justamente na falta de resposta encontro a palavra, a paixão do homem.

Ele vive a mesmice de seus dias na espera de algo novo, de uma nova paixão,

Dá um tempo no aguardo de respostas às suas perguntas.

Mas obedecido este tempo, sua paciência se esgota e ele parte incontinente à procura das respostas..

E apenas a morte o pode impedir de consegui-las.

A viagem de Fernão de Magalhães e sua tripulação em volta do mundo é uma saga. Um feito retumbante.

Que "navegada" o homem realizou até aqui!

Pode ser movido pelo dinheiro, pelas glórias, mas ninguém faz o que faz apenas por dinheiro. Tem que ter a paixão, o amor e com eles a determinação para vencer.

**********

A História do Homem - Parte XLIII (Fernão de Magalhães 1480-1521)

Na segunda metade do século quinze, muitas pessoas já começavam a acreditar que a Terra seria esférica como um globo, e que não achatada como um prato.

O navegador italiano Cristóvão Colombo tentou comprovar essa teoria navegando a oeste para atingir o leste e acabou encontrando terras até então desconhecidas pelos europeus.

Três décadas depois de Colombo realizar sua viagem, outro aventureiro, navegando sob bandeira espanhola, liderou uma expedição, que, enfim, provaria que o mundo realmente tinha um formato esférico.

Fernão de Magalhães nasceu em Sabrosa, Portugal, e serviu a seu pai como marinheiro e capitão. No inicio do século dezesseis, ficaram claro que, embora Colombo houvesse achado um novo continente, ele falhara em encontrar uma nova rota para as Índias Orientais.

Magalhães tentou sensibilizar o governo português a financiar sua viagem para realizar o que Colombo fizera. Mas não teve sucesso. Depois ele ofereceu seus serviços ao Rei Carlos V, da Espanha, que concordou em investir na empreitada.

Em 20 de setembro de 1519, Magalhães zarpou da Espanha com cinco barcos. Como ninguém havia descoberto uma rota pelo centro do hemisfério ocidental, ele decidiu viajar pela extremidade sul.

Viajou para o sudoeste e chegou a ancorar próximo a atual cidade de Buenos Aires,na Argentina, em meados de Outubro. Depois, ele seguiu a linha da costa rumo ao sul e, em 21 de Outubro, descobriu um passagem na ponta da América do Sul – embora fosse uma viagem de 580 quilômetros, com muito frio e extremamente perigosa.

Essa passagem, uma das faixas de água mais hostis do planeta, que une os oceanos Atlântico e Pacífico, ficou para sempre conhecida como ESTREITO DE MAGALHÃES. Quando o navegador saiu do estreito, ele chamou as águas relativamente tranqüilas que encontrara de OCEANO PACÍFICO.

A longa viagem pelo Pacífico acabou deixando os marinheiros com escassez de comida. Por isso, eles decidiram aportar nas Ilhas Marianas em busca de víveres.

Depois, em abril de 1521, a expedição conseguiu chegar as Filipinas. No dia 27 de Abril, porém, o próprio Magalhães foi morto num conflito contra os nativos.

Mas seu lugar na história estava garantido. Fernão de Magalhães havia conseguido chegar às Índias Orientais navegando para o oeste.

E, embora tenha morrido, sua tripulação prosseguiu viagem até alcançar a Espanha, tornando-se a primeira expedição a circunavegar o planeta, ou seja, dar uma volta completa ao redor da Terra.

O relato desse feito histórico foi contado por Antonio Pigafetta, um dos marinheiros de Magalhães, no livro A VIAGEM DE MAGALHÃES AO REDOR DO MUNDO.

*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne

Robertson
Enviado por Robertson em 05/09/2016
Reeditado em 06/09/2016
Código do texto: T5751610
Classificação de conteúdo: seguro