QUEM É O MELHOR AMIGO DO HOMEM?
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- Quem é o melhor amigo do homem?
Estava chegando à fazenda do João do Joca, um dos maiores pecuaristas do município amazonense de Itacoatiara, acompanhado do vereador e filho da terra Raimundo Silva, seu amigo e o motorista e amigo do vereador, Neto Castro. Estava retornando 40 anos de depois de o ter conhecido durante um churrasco de inauguração de uma das primeiras Juntas de Conciliação e Julgamento do Tribunal Regional do Trabalho, em um município do Amazonas, para visita-lo, quando ouvi essa pergunta. Quando o conheci, Raimundo Silva era Juiz do Trabalho e agora era vereador. Fui no sábado pela manhã, antes do bate papo que teria a noite com os alunos de Serviço Social, abraçado pela Igreja de São Francisco, em meio a uma praça. Acho que João do Joca não lembrasse mais de mim. No município, fiquei hospedada quarto no filho da presidente da Academia, José Adriel Araújo no segundo andar da casa. Decidi rever a cidade depois de 18 anos de separação.
- Você vai sair agora a noite? Não verá nada! – perguntou José Araújo, esposo da presidente da Academia.
- Deixe-o ir porque escritor tem olhar diferente para tudo, socorreu-me a presidente da Academia, Ester Araújo e ficamos aguardando o motorista Neto Castro, que fora deixar o Silva em seu compromisso e não nos acompanhou. Encontrar-nos-íamos mais tarde, no Cinema DIB, no lançamento da revista. Duvidei que o Neto Castro retornasse para nos buscar. O Silva, antes. dizia que iria rápido a algum lugar e não voltava mais. Neto Castro chegou e fui abraçar a cidade mais uma vez e matar a saudade. No Conjunto Poranga, paramos no local e conferi no meu celular o ângulo e vi a escola ao fundo que também aprece na foto. A Rua era de barro. Agora está coberta pelo asfalto negro do progresso. A foto fora tirada naquelas noturnas horas e ficou linda na ilustração dos 33 grupos de whatsapp, em 85 países criados por leitores, nos quais publico as crônicas. No Poranga, além do seu presidente Rafael Amazonas, também residem Ledy Amazonas, Gelcivan Conde, Francinete Siqueira, Ana Belém, Jhullye, Nalianny, Renata Kamily, Tere Garcia Santos e muitas outras não menos importantes.
Depois do lançamento do livro na Academia e da revista no Cine Teatro DIB, entrei no veículo do advogado e vereador Raimundo Silva. para jantar no Bar Panorama, na orla da cidade ao lado do Passeio Jornalista Aguinelo Oliveira. “Esse é pequeno, mas tem tudo que um carro grande tem. É muito popular na França, que vive em busca de espaços”, disse-me depois que percebeu que estranhei o tamanho do carro do vereador. Ele só usava carros grandes. Fiquei espantado com o conforto interno do pequeno veículo. Retornei do restaurante, porre de água tônica sem gelo e limão, quase meia noite. O filho desalojado da presidente da AIL ficou acordado até retornar para abrir o portão e me receber. No Bar, tive a agradável companhia de Jerry Nelson, irmão do falecido engenheiro Nelson Neto. Dele, recebi a foto que postei no facebook e nas redes sociais, que estava arquivada no whats dele, mostrando um navio, ou Lauro Sodré ou o Augusto Montengro, da Enasa – Empresa de Navegação da Amazônia, com sede no Estado do Pará. Os dois navios eram praticamente iguais. Só se diferenciavam pelos nomes na proa, identificando-os. Na época, os ribeirinhos da comunidade, um dia antes deles navegarem, puxavam canoas, amarravam motores e tudo o que pudesse ser levado pelo banzeiro quando passavam na comunidade do Varre-Vento, sempre de madrugada. Intrigado por nunca ter visto tantas luzes passei a identifica-los sobre o rio e balançando nas próprias ondas que produziam, passei a chama-los de “cidades flutuantes” de minha infância (http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2016/07/cidades-flutuantes-ah-que-saudades.html).
Lançar o livro O CAMINHO NÃO PERCORRIDO – A TRAJETÓRIA DOS ASSISTENTES SOCIAIS MASCULINOS EM MANAUS, na Academia, participar do lançamento da revista Ita News, de Sockatis Paiva, ficar na casa de Ester Araújo, a ter “roubado” do marido para acompanhar-me no passeio, ter conhecido o Jerry Nelson, irmão do falecido engenheiro e amigo, Nelson , revisto João do Joca, abraçado os 70 anos do companheiro jornalista Roberval Vieira debilitado pelos AVCs, escutado boa música regional, enfim...Tudo junto e misturado, diria que foi uma noite magica e razão suficiente para tomasse um porre de água tônica sem gelo ou limão, tipo cawboy.
Do conjunto Poranga, fomos conhecer outro por sugestão de Neto Castro.
- Eu gosto daqui do Conjunto Jacarezinho porque as casas maiores da frente, foram adaptadas e doadas para os portadores de necessidades especiais, disse-me Neto Castro, apontando para as primeiras casas da rua principal do Conjunto. Fiquei espantado em ver que um conjunto popular do projeto “Minha Casa, Minha Vida”, tinha recebido até placas solares para reduzir o consumo de Energia Elétrica! No sábado, logo cedo, na companhia de Neto Castro e Raimundo Silva, fomos rever o fazendeiro João do Joca e foi feita à pergunta que não soubemos responder.
-É o órgão sexual masculino que “morre” antes do dono, mas espera o dono morrer para serem enterrados juntos!
É.... João do Joca, pensava que o melhor amigo seriam os que me acompanhavam, ou o cachorro ou qualquer outro tipo que dizem ser amigo do homem. Nunca esperava fosse que órgão sexual masculino, o melhor amigo do homem!