NÃO CONVERSO MAIS SOBRE POLÍTICA


Pois é, o momento pede que conversemos sobre política. Mas, isto tem um risco, os ânimos podem ficar alterados e as boas amizades podem arrefecer. Já fui até alertado num grupo de ZAP que participo: “esse espaço é para celebrar as amizades, nada de política”. Tenho um grande amigo que é socialista, um pouco radical, talvez. Com ele converso sobre tudo: comida, vinho, futebol, cinema, vida extraterrestre, novelas, livros e até mesmo nanotecnologia, menos política.

Vou falar sobre comida. Imagino um bom prato, daqueles bem saudável. Agora, os especialistas falam em cores. Quanto mais cores melhor. Ótimo para conquistar o lúdico presente na mente infantil. Dizem que devemos ter no mínimo cinco cores no prato diário. O verde, o amarelo-alaranjado, o branco, o vermelho, o roxo-azulado e marrom-cinza, compõem a variedade de possibilidades de tonalidades. Adoro o vermelho que estar representado pela melancia, pela cereja e os tomates, ricos em licopenos, substância que combate o câncer. Não quero nem falar do ácido elárgico, betacarotenos, clorofila e vitamina A, todos necessários para um vida saudável e presentes nas outras cores.

Então, eu explico para minha filha de apenas cinco anos: veja como seu prato fica triste, monótono e sem gosto se tivesse apenas uma única cor. Imagine ele sempre vermelho. Pense no mal que isto poderia fazer. Entretanto, a escolha será sempre sua. A individualidade será sempre respeitada. Não preciso defender grupos de cores. Pois, a maior minoria é a cor em si próprio. Se você entende a importância de cada cor, todas as matizes prováveis já estarão garantidas. É melhor eu deixar essa conversa pra lá. Volto então ao prato. Precisamos de uma boa alimentação. Tenha sempre várias cores no seu prato.