E que passe logo ...

Em outro dia, em que o coração também estava apertado, eu tinha comprado ingressos para o show de um artista que admiro muito. Antes mesmo de saber que aquele dia seria ruim. E ao notar a coincidência pensei comigo mesma: “que sorte ter feito a escolha de compra-lo pra hoje” ... o show me salvou aquele dia. Boa música, boas companhias e lá no finalzinho do dia, a redenção. O coração um pouco mais em paz e a coragem para a manhã seguinte.

A música, talvez a arte como um todo e aqui incluo a escrita, tem esse poder. É quase uma libertação. Dependendo da letra, da influência, da inspiração, ... enfim ... a gente se sente até representado. Colocando pra fora uma ou outra angústia por outras bocas, outras canetas e aquarelas. Ou talvez aprendendo a ignorá-las até passarem.

Lembrei disso hoje por estar num outro dia daqueles e na mais pura das coincidências começar a tocar no rádio uma música do mesmo artista do outro dia. Além do acaso incrível de estar pensando numa amiga que não vejo há tempos e na mesma hora ela me telefonar.

Uma vez ouvi dizer que coincidência é quando Deus não quis assinar a obra.

Se eu pudesse, pintava tudo de boas músicas e bons acasos.

Ah, se eu pudesse!

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 01/09/2016
Reeditado em 01/09/2016
Código do texto: T5747094
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