O GRITO
Estamos adentrando na semana da pátria, na semana em que o então príncipe regente Dom Pedro I se perguntava se submeteria aos mandos da corte portuguesa, ou se valeria a pena gritar a plenos pulmões "Independência ou Morte".
O ano de 1822 foi um marco na nossa história, com o 7 de Setembro redentor, que cravou nas colinas do Ipiranga os primeiros pilares da nossa soberania e autonomia como nação independente. Estávamos livres das amarras da família real portuguesa e de toda a nobreza que compunha o governo, a mesma insensível aos mais pobres, a mesma que alimentava o maior sistema escravocrata do mundo.
Com o Grito do Ipiranga o Brasil pavimentava o seu caminho para a República e, obviamente, para a democracia.
Quase 200 anos depois, somos obrigados a assistir a esta confusão chamada impeachment, onde o principal objetivo de seus protagonistas não está em conformidade com os anseios da população, com a justiça social e com a plena democracia.
É apenas questão de oportunismo sedento de poder, com o apoio de muitos, mas com a desaprovação de outros, que neste momento se sentem desrespeitados por verem seu voto sendo jogado no lixo ou simplesmente indignados com tamanha trapaça.