Impeachment

A discussão é interminável e até estranha, pois está claro, para quem vive numa democracia e a entende, que existe um crime de responsabilidade.

Os que apoiam Dilma Roussef não estão errados, desde que vivessem num País governado por uma ditadora, aliás, não estão errados porque eles próprios tornaram-se uma base de defesa ditatorial do governo, tal a veemência com que defendem os gastos que ela realizou a revelia dos deputados e senadores que obrigatóriamente teria que consultar e obter a aprovação.

Como vivemos num País democrático, e fica estranho ouvir a nossa futura ex-presidente dizer que vive numa democracia e apóia a democracia e que foi eleita por votos democráticos, agir em desrespeito as Leis de um País democrático, como se fosse uma ditadora.

A questão é que o conflito de idéias é pouco entendido pela população que de certa forma já fica feliz, pela impopularidade alcançada pela Presidente, de vê-la fora dos destinos da nação.

Hoje é o dia D, não é D de Dilma, é D de Democracia, quando o povo brasileiro, mais uma vez, ficará "livre". O lema de Tiradentes se repete "Liberdade ainda que tardia", e a célebre frase atribuída a Pedro I "Independência ou Morte", volta a se repetir no nosso País.

Para o povo brasileiro fica a mensagem de que estamos engatinhando, ou seja, começando de novo, nesse circulo interminável de corrupção que sempre assolou nosso País desde que Cabral pisou por aqui em 22 de abril de 1500 com suas 13 caravelas, muito emblemático esse número, talvez um prenuncio do futuro e um anúncio do fim de um ciclo de dilapidação das riquezas nacionais. Ao ouvir isso Lula diria: "Nunca antes nesse País".