Antevendo descoberta

Em 2007, visando a participar de um concurso literário de contos, instituído pelo conjunto das entidades literárias Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, União dos Médicos Escritores e Artistas Lusófonos e Rede das Academias de Letras do Nordeste, resolvi produzir um livro de contos inéditos.

Até aí, nada demais, a não ser que eu, um poeta, um sonetista, não me sentia capaz de produzir contos, ainda mais para concurso. E vi o livro “Sopotocas” receber menção honrosa.

E daí? por que essa lembrança agora? É que no conjunto de contos feitos havia especialmente dois deles, “Viajores do espaço” e “O planeta dos três sóis”, que citavam a existência de um planeta relativamente próximo da Terra, orbitando estrelas da constelação do Centauro. E ali, naquele planeta, os personagens dos meus contos passaram momentos agradáveis.

Abro eu a revista Veja 2493, pré-datada de 31 de agosto de 2016, e lá nas páginas 66 e 67 leio, sob o título “Tão perto e tão longe”, a descrição desse planeta, recentemente descoberto, orbitando a estrela Próxima Centauri, planeta este que - acredita-se - tem condições de habitabilidade, ou condições de manutenção da vida como a conhecemos.

Guardando as reais diferenças entre minha ficção e a realidade agora descoberta, venho dizer a todos os cantos da Terra: Este planeta é meu! Fui eu que o criei!

Paulo Camelo

27/08/2016