GENTE GENTINHA GENTONA
Fui à feira, levei a Nina comigo. Confesso que não é fácil, porque ela faz parada em todos os cheiros que a atraem em árvores, postes, gramas, matinhos... O trajeto de duas quadras transforma-se em longo tempo de caminhada.
Ela fica feliz, corre e,repentinamente, estaca. Olha para mim, orelhinhas erguidas e um sorriso que eu entendo. "Ah, Dalva, você me dá tanta alegria com estes passeios"... Sim, igualzinho disse Roberto Carlos, Nina me sorri.
A feira é uma delícia, nela encontro gente, gentinha e gentona. Há para escolher. Não estou discriminando ninguém, porque penso que todos são iguais, embora alguns se achem mais iguais, conforme alguém já disse.
Ninguém é outra coisa que não gente, apenas a Nina e seus coleguinhas não podem ser assim definidos.Cada qual em seu quadrado e tudo fica certo.
As pessoas a quem chamo de "gentinha" são as crianças em seus carrinhos empurrados pelas mães, que são "gente"; as que denomino "gentona" são os idosos que também adoram a feira, este lugar onde,além das compras de hortifrutigranjeiros, encontram amigos para uma boa conversa. Eu sou intermediária entre gente e gentona. Fui gentinha e até que jeitosinha... diziam meus pais (rsrsrs)
Comprei o café de sempre, moído na hora, perfumado, que só!
Algumas frutas e pronto, as mãos não dão conta da guia da cachorra e de transportar muitas coisas.
Estive em meio às pessoas e isso me fez bem. Encontrei amiga de longa data, trocamos novidades e desmanchamos saudades.
Nina voltou agradecida e eu também, afinal a sexta-feira começou bonita. A feira é uma gostosa festa.
Dalva Molina Mansano