Amargura

Pode até ser que eu esteja julgando os outros por mim mesmo, mas estou com a impressão que as pessoas estão mais amargas que de costume. Que a amargura está dando as cartas e jogando de mão. Torço, juro, paraestar errado. O problema é que sinto um clima pesado de baixo astral por onde ando. Há um grande nervosismo, raiva, discussões, desesperança e, aqui e acolá, explosões de ódioserm motivo.

Passo por bares, supermercado, restaurantes, cafés e vejo péssoas tristes, cabisbaixas, falando quase na marra, sem rir, quase todo mundo descrente e achando que tudo vai piorar. Isso me perturba. Sou alguém que precisa rir, precisa de alegria tanto quanto de ar para respirar, ouvir risos, piadas, anedotas, constatar gestos de ternura e de amor. A amargura me dói e me fere, fere a a minhaalma, me desnorteia, me deprime.

Sim, a amargura me dói, embor Adélia Prado discorde: "Dor não tem nada a ver com amargura./ Acho que tudo que acontece/ é feito para a gente aprender cada vez mais,/ é pra ensinar a viver. Desdobrável./Cada dia mais rica de humanidade". Mas achoque Millor foi mais feliz na rejeição à amargura: "Certas coisas só sção amargas e a gente as engole".

Sei não, mas estou precisando urgente de alegria. Vou, por enquanto, ouvir a musica "Doce Amargura", na voz de Moacir Franco. Adoro essa música, ela levantameu astral. Vou pedir para a nossa brilhante cantora Zuleika Reis cantá-la a capela e postar no áudio. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 26/08/2016
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