CRÔNICA DA FELICIDADE

O preço que pagamos pelas escolhas pode ser o mais caro possível, mas, de qualquer forma, é aprendizado, nos ensina a fazer melhor, a escolher melhor, a pensar e refletir sobre o que realmente queremos e quais as nossas possibilidades e o quanto de empenho precisamos para chegar lá. E não apenas empenho, mas renúncias, abrir mão, deixar de lado, esquecer, "fazer das tripas coração "como se diz na gíria, deixar de pensar mais individualmente, tipo "no meu lado","eu mereço",etc.

Mas é que conforme nossos sentimentos, nosso lado emocional muitas vezes fala bem mais alto e o ouvimos. Pode ser até que mais tarde nos arrependamos ( e isso acontece de uma forma ou de outra e frequentemente aos seres humanos) , mas o que não é certo é se pensar que “ já é tarde”

Não, na verdade, nunca é tarde enquanto existe vida,disposição e vontade

De lutar, principalmente.

De investir,resistir e produzir para então usufruir de nossas conquistas.

Defrontamo-nos com essas situações todo o tempo, pessoas que conhecemos, parentes, que se dizem acabadas, que não se sentem chegando a algum lugar além daqueles onde estejam.

Existe um fator no sistema capitalista que é o dinheiro, claro, a falta dele impede algumas coisas, ( há quem pense que impede muitas coisas ou até todas as coisas), mas, prestemos atenção, não nos impede de pensar, de ter vontade.

E se nossa ambição não for daquela que extrapola o bom senso, que passa por cima do nosso emocional, aquela que queremos alcançar ainda que pisemos, deixemos de lado, não nos importemos com mais nada ou alguém, fica mais fácil de prosseguir porque a simplicidade e a modéstia são características que fazem evoluir e não regredir.

Mas a soberba, a arrogância, essas sim, conduzem a um caminho que eu chamo de "desevolução"(não tem no dicionário,eu acho), porque não adianta estudarmos, nos graduarmos, sermos mestres,doutores, phd etc ou ficarmos rico, sermos burgueses se temos esses defeitos horríveis. Teremos o tal status na sociedade da aparência, mas sempre estaremos mal conosco mesmo e faremos mal a quem nos ama e a quem amamos( porque o amor existe nas pessoas mesmo que esteja lá dentro, incubado, resistente, escondidinho ).

Eu nunca pensei em dinheiro como algo que determine a felicidade.

Sempre pensei felicidade como algo bem maior e bem menos custoso, como poder sorrir, achar graça, gargalhar(adoro), estar com familiares, amigos, ver um filme com Wagner Moura, John Dep, dirigido por Ridley Scotch, José Padilha, Henrique Meirelles, ler um livro há muito almejado, descobrir pessoas legais em um evento temporário e ficar amiga dessas pessoas no sentido de querer estar com elas em uma próxima vez e que não demore muito.

Sempre pensei felicidade como algo alcançável e não inalcançável.

Porque, vejamos, a vida é feita assim- nascimento e morte todos os dias, ficamos alegres com o nascimento, nos entristecemos com a morte. Mas o ciclo continua porque é simplesmente a vida e a felicidade é inerente a ela.

NINFEIA G
Enviado por NINFEIA G em 24/08/2016
Reeditado em 05/09/2016
Código do texto: T5738300
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