A Família, uma couraça chamada Amor

Há muitos anos as famílias criam um núcleo de união, chamado Amor.

Este núcleo alimentado por sorrisos, alegrias, sofrimentos e lágrimas se torna uma blindagem onde num primeiro momento desgraças podem abalar as suas estruturas, mas pela união, esta essência chamada família se transforma em puro bálsamo e absorvem tantos os sofrimentos, quanto as alegrias e resulta destes sentimentos uma estabilidade emocional única para todos sobreviverem inclusive dentro das suas diferentes personalidades.

Infelizmente, tantos quantos os amores estão em cada um, as idéias de conquistas, a falta de consideração, as invejas, as cobiças, o ciúme, sobressaem transtornando os principais canais da existência humana numa mesma família. Brigas entre irmãos, pais e filhos, cunhados, cunhadas, amigos próximos são tantas situações e nelas todos pressumem ter a razão pelos seus atos.

Pena que onde existe o amor exista tanta dor.

Tantas mães em seu dia festivo se recolhem ao seu quarto e em silêncio devotam a Deus tudo o que tem de material em sua vida pelo retorno de um filho, de uma filha que muitas vezes estão tão longe que levariam dias para chegarem perto.

E se percebermos mais sensibilidade num mesmo ambiente a centímetros de seus braços, filhos ou filhas podem estar tão longe que levariam dias para tocarem em seu coração.

Em outras situações filhos em busca de amizades utopicamente perfeitas, trazem para o recinto de seu sagrado lar, estranhos, pessoas estranhas ao mundo do amor em família, pessoas frias, calculistas que transformarão o seu meio para sempre, o destruindo.

Quantas mães fazem aqueles almoços suntuosos, aquelas sobremesas memoráveis com tantos filhos à mesa, e furtivamente lá na cozinha enxugam os seus olhos marejados pela saudade de um filho, uma filha que ali não pode mais estar.

O Relacionamento familiar muitas vezes não possui a modernidade que vemos nas telonas, nos debates entre psicólogos e psiquiatras. A família é um elo único onde a liberdade de um está sendo supervisionada pelo amor do outro e vice-versa.

E este amor vem de diversas gerações.

Querer bem nem sempre é falar as coisas bonitas, a dar a permissão cegamente.

O verdadeiro amor tem mais encargos do que permissões.

De nada vale ter a liberdade se você não sabe viver nela.

A liberdade tem mais limites do que imagina a nossa vã inteligência.

Para viver em Família é preciso respeito as tradições familiares, e nelas estão amores que vieram de um outro tempo, de uma outra geração, de dois lares que antes distantes e diferentes se mesclaram para criar um novo mundo real, de um sonho realizado a dois e em família se transformando em novas vidas, em novos amores, mais amores...

É preciso considerar o risco de uma grande idéia não ser compreendida, de uma nova amizade não ser bem aceita, de uma nova aquisição parecer desproporcional no momento atual em que vive a maioria dos familiares.

O diálogo, a conversa, as ponderações devem fazer parte de um todo da família.

Precocemente, antecipadamente quanto mais debatido e universal se tornar um raciocínio, um acontecimento, um desejo, uma nova idéia, melhor se tornará para a família absorver os impactos que virão e aí sim pelos fluídos do amor todos chegaram a uma mesma conclusão e usufruirão de um bem e não de um mal..

Muitas vezes acatar, não é aceitar de pronto... Mas o Tempo tem também os seus bálsamos e discordâncias inicias se tornarão reconhecimentos no meio do caminho.

Manter o elo da Família protegido é uma missão diária, rotineira, que requer dedicação, Diálogos sinceros, conversas, muitas conversas.

Robertson
Enviado por Robertson em 23/08/2016
Código do texto: T5737809
Classificação de conteúdo: seguro