Quíron, o curador ferido - (21/11/2014)








 
     Na mitologia grega os mitos todos se prestam a fundos significados simbólicos. Amanhã, 22 de novembro, tem início o signo de sagitário, que é presidido pela figura dos centauros, seres metade homens, da cintura para cima, e metade cavalos. Eram ferozes e pouco dados ao exercício racional, com uma mais do que notável exceção:o centauro Quíron. Quíron,  que partilhava da condição dos demais centauros, a imortalidade, era um grande sábio e um grande curador.
     Sua vida foi sempre marcada por terrível sofrimento: certa vez foi ferido, acidentalmente, por uma flecha envenenada de Héracles (Hércules, para os romanos), o maior herói grego,  por ironia seu grande amigo. Qualquer outro teria morrido pela gravidade do ferimento, mas Quíron era imortal, então restava-lhe suportar e conviver com uma dor agônica enquanto curava todos os demais seres dos próprios sofrimentos.  A si próprio o grande sábio não tinha o poder de curar, daí porque ficou imortalizado com a alcunha de "curador ferido". 
     Quíron é uma figura de enorme importância simbólica, na astrologia (...) e para quem quer que se debruce sobre seu significado simbólico.  O curador ferido: aquele que sabe o caminho de cura para o outro; aquele que não sabe o caminho de cura para si mesmo. 

        Interpreto a meu modo o significado deste mito: Sejamos, na medida do possível, Quíron uns dos outros, assim, as feridas que efetivamente se tenha, irremediáveis, ou não (Oxalá nenhuma o seja, irremediável) serão todas suavizadas em suas dores. Que assim nos seja, Amém.