Procura-se um país Olímpico.
Ainda não o encontrei. Procuro há décadas. O Brasil não teceu sua base poliesportiva, catando talentos para nela, desenvolver nossos jovens, como fazem os países sadios como os Estados Unidos da América, que investem maciçamente na formação de seus atletas.
Não podemos reclamar da relação entre medalhas conquistadas na Rio 2016, e o volume de dinheiro gasto para edificar a Vila Olímpica. Fazer esta, é fácil, depende apenas da engenharia, um pouco de tecnologia e decisão governamental. Mas, preparar atletas de elite, capazes de concorrer de igual para igual com a elite mundial do Esporte Olímpico, é algo muito mais complexo e que requer um trabalho de planejamento exemplar. Precisa de decisão de Governo para investir em centros de treinamentos espalhados pelo país, e não, às vésperas do grande evento olímpico, exigir deles as tais medalhas, como se pudessem fazer milagres. São seres humanos comuns e que apenas de alguns anos para cá, conseguiram começar o esboço de treinos. Muitos tiveram que sair do país.
O aparato de Segurança Pública desenhado para os Jogos Olímpicos de 2016, parece que deu certo. É uma pena, porque quando os atletas forem embora, o Rio voltará a ser o mesminho de antes. As forças de Segurança arredarão o pé da cidade e o tráfico de drogas e de armas e de tudo o que é coisa ruim, voltará a ser bem maior do que o aparato estatal.
O que será feito da Vila Olímpica? Porque ela pertence à iniciativa privada! Não sei se as Arenas continuarão a servir a população como um todo. Tomara. Não podemos negar que ficou muito bonita, como a área portuária da cidade do Rio. Nesse aspecto a herança que ficará será positiva. Fizeram obras de encher os olhos do mundo. Estivemos expostos a mais de 4 bilhões de seres humanos em todo o planeta. A cidade do Rio de Janeiro foi a mais exposta.
Estamos pertinho de saber o final do outro jogo, nada esportivo, cunhado por trás da corrupção e dos conchavos brasilienses. O Impeachment chegará a seu fim. Acredito que não mudarão o que até agora está, praticamente, decidido. Mas política é política, e os conchavos de última hora acontecem de forma cínica ou cívica, a depender de quem os conduza. Mas a sociedade está atenta.
Rezei bastante para que o Estado Islâmico não cometesse qualquer ato terrorista, e até hoje, 18 de agosto, nenhum episódio foi aflorado. O que vi foram mulçumanos brasileiros propalando a Paz, em plena Vila Olímpica. No Brasil, até eles são diferentes dos demais mundo afora. Que bom. Os nossos são mais pacíficos. Cheguei a ver muçulmana de maior disputando, pelo Egito, nas piscinas da Vila, saltos ornamentais. Achei fantástico.
As Olimpíadas do Rio 2016 teve uma abertura bonita. Houve um congraçamento iluminado. As delegações estrangeiras entraram no ritmo da cor e do perfume dos anfitriões. O pouco que aconteceu, que não teve brilho, era esperado. Nada é perfeito. Fazer-se um evento dessa magnitude envolve milhares de pessoas. Coordená-las é tarefa hercúlea. No cômputo geral, até o instante que escrevo esta cônica, as ações foram positivas.
Não perdemos a oportunidade de mostrar para o mundo todo o que somos e o que podemos. Saberão que na América do Sul há um país que abriga uma gente hospitaleira, um povo alegre por natureza e que sabe receber como ninguém. Esse legado ficará para sempre. Isso é o que importa. E assim que o último evento da Rio 2016 acontecer, voltemos o foco social para o Impeachment da Dona Dilma. O país precisa vencer esse outro jogo, custe o que custar.