CONTINÊNCIA DOS ATLETAS MILITARES

Contestem-me, por favor. Se eu estiver errado, me corrijam... Antes, os militares brasileiros prestavam continência só se estivem fardados. Em trajes civis ou esportivos ficavam em posição de sentido. Depois, copiando talvez o modelo americano, passaram a fazer continência não importando a vestimenta. Os militares atletas olímpicos que prestam continência não fogem à regra, e se não prestassem continência à bandeira ou ao hino estariam fora do regulamento. Qualquer país que queira fazer continência quando toda o seu hino, que queira levar a mão ao coração, é merecedor de nosso silêncio e respeito. Naturalmente que aos hinos e bandeiras de outros países, por questão também de reservas e respeito para conosco não devamos prestar continência. Penso que levar a mão ao coração pode, é sinal de carinho. Agora, os que se acham donos da verdade e proprietários de nossa pátria, acham que este gesto lhes ofende. Não, não é ofensa! É uma chamada de atenção para que se coloquem nos trilhos, ou que se enveredem mato a dentro definitivamente. Afinal, eles achariam normal que os atletas fizessem gestos sobre a bandeira como aquela professorinha de São Paulo fez, com a bandeira e com a foto de um político patriota; na verdade eles gostariam que estes gestos fossem feitos com a pátria toda, e que virássemos a performance do Grupo Macaquinhos... Se revoltam com a continência dos militares, mas os gestos deles podem. A bandeira vermelha deles também, e a canção Internacional-comunista também! É passada a hora de colocá-los nos trilhos, ou melhor, é chegada a hora disso ser feito. Chega de esquerda mimada e cheia de mi-mi-mi!... Eu, na minha modesta opinião, até defendo a continência com a mão esquerda, como que a dizer: "direto do meu coração para a minha mente!". Parabéns aos atletas militares!

Armand de Saint Igarapery